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Tudo o que você precisa saber sobre as corridas classificatórias: regulamento, formato e mais

Modelo estreará neste fim de semana, em Silverstone

Por Valentin Furlan — Silverstone, Inglaterra

15/07/2021 10h37

Verstappen celebra vitória durante o Grande Prêmio da Áustria — Foto: Mark Thompson / Getty Images

As corridas classificatórias são realidade e o grid da temporada 2021 da Fórmula promete ser mais irregular. Sua estreia? Neste fim de semana em Silverstone. E algumas - ou várias - dúvidas devem estar pairando sobre sua cabeça. Por isso, agora vamos respondê-las. Todas.



Qual será o formato?

Não há qualquer distinção de uma corrida de domingo, no geral. Os carros farão a largada partindo das posições indicadas na reta principal e priorizarão estratégias ao longo da prova. A diferença principal, contudo, reside no fato de os pit stops não serem obrigatórios, o que diminui o número de possibilidades para planos de corrida mais minuciosos. Com isso, a escolha de pneus será livre.

A formação do grid da corrida de domingo será determinada a partir das posições de cada carro ao balanço da bandeira quadriculada, no fim da prova. Esta que terá cerca de 100 km diluídos em um número inteiro de voltas. A tendência é de sessões mais curtas, com cerca de meia-hora, em relação ao Qualifying usual, de aproximadamente uma hora.

E a prova também contará pontos: os três primeiros colocados anotarão 3, 2 e 1 tento, respectivamente, no mundial de pilotos. Claro, as equipes herdarão a pontuação na classificação dos construtores.

Quanto ao hino nacional ou pódio, estes serão exclusivos do Grande Prêmio, no domingo, mas vale destacar que o vencedor levará um troféu para casa, entregue no Parc Fermé, após a sessão.

Outra mudança agradável aos torcedores é o horário: sexta-feira é dia de maldade, mas também é dia de trabalhar. Portanto, a categoria trabalha em marcar o início das sessões para mais tarde na sexta-feira, visando ao público economicamente ativo.

E o Treino Classificatório?

Segue idêntico ao que já conhecemos, com exceção de dois pontos: o dia e a alocação de pneus.

Se de um lado temos a corrida classificatória preparando o grid de largada para o Grande Prêmio, do outro temos o Qualifying determinando o grid de largada para a corrida classificatória. Como nos velhos tempos, meu chapa. Serão três sessões de, na ordem, 18, 15 e 12 minutos, sendo que os cinco carros com piores tempos de volta serão eliminados no Q1 e no Q2.

Em relação aos pneus, apenas os macios estarão disponíveis - cinco para cada carro. Obviamente, isso se dá em função da escolha livre dos compostos para o 'Sprint Qualifying'.

Isso significa menos treinos livres?

Sim. Na verdade, vai seguindo a linha que a categoria escolheu seguir para atribuir mais incertezas aos domingos: menos tempo para conseguir e entender dados dos carros na pista. E menos tempo 'passivo' para os pilotos, que deverão se familiarizar com o circuito em menos tempo.

Hamilton (à frente) e Bottas (atrás) durante sessão de treino livre em Spielberg, no GP da Áustria — Foto: Joe Klamar / AFP via Getty Images

Serão apenas duas sessões por fim de semana: uma na sexta (TL1) e outra no sábado (TL2). Lembrando que, caso a Fórmula 1 realmente atrase o início do Qualifying de sexta, o horário do 1° Treino Livre também deverá ser alterado.

Alocação de pneus

Como o sábado contará apenas com uma hora e meia de carros na pista - uma hora de treino e meia-fora de corrida classificatória -, um composto será retirado da seleção padrão - possivelmente um médio, já que as equipes preferem o duro para aclimatação de pista e aproveitam os macios para simulação de classificação. Essa conta não leva em consideração nem os cinco macios para o Treino Oficial, nem os dois obrigatórios na corrida (escolha livre).

No caso de chuva durante qualquer uma das sessões de sexta, cada piloto receberá um conjunto de compostos intermediários, de faixa verde. Com isso, deverão devolver, em troca, qualquer set de pneus, seja ou não usado. No caso de o Sprint Qualifying também ser sobre pista molhada, as equipes poderão substituir os intermediários usados por novos.

Quais as alterações no Parque Fechado?

A regra do Parque Fechado impede as equipes de realizarem mudanças fundamentais em suas máquinas no intervalo entre o Qualifying e a corrida de domingo. Agora, acompanhando o novo formato, era óbvio que teríamos mudanças significativas.

A partir do Treino Oficial, na sexta-feira, os carros já estarão sob o regulamento. Contudo, a fim de não inutilizar completamente o 2° Treino Livre, a regra terá exceções: serão permitidos ajustes na suspensão - e outros componentes do artigo 10.3 do regulamento técnico - e nos túneis de freio. A configuração dos freios não poderá ser alterada, apenas fixada e reposta exatamente como antes, em caso de danos. A distribuição de peso também poderá ser reajustada.

Outra grande mudança foi a possibilidade de mudar de modelo da asa dianteira, por exemplo. Se um carro danificá-la durante a corrida classificatória e não possuir mais modelos atuais para substituição, poderá usufruir de um anteriormente utilizado (ou planejado para uso futuro) sem receber uma punição, como antigamente era designado.

A Corrida Classificatória substituirá o Treino Classificatório?

À priori, a ideia da organização seria usar o Sprint Qualifying apenas em finais de semana pré-determinados. Portanto, o atual modelo de Qualifying seguirá ativo na maior parte dos GPs.

Onde teremos esse formato?

Neste final de semana em Silverstone, além do Grande Prêmio da Itália (10-12 de setembro). Ainda haverá mais um Grande Prêmio feito no modelo, mas ainda não se concretizou qual.

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