Lance Stroll e Max Verstappen não terminaram o Grande Prêmio do Azerbaijão. Ambos os pilotos se viram nas garagens antes mesmo da bandeira quadriculada ser tremulada após se depararem com furos em seus pneus, o que criou certa polêmica no grid.
Na 30ª volta, o emborrachado de Stroll acabou indo para os ares. Logo menos, o canadense se via nos muros e a entrada do Safety Car foi declarada. Já no fim da prova, com apenas cinco voltas para a bandeirada, foi a vez de Verstappen atingir o guard rail. Fato curioso é que ambos os pneus furados eram o traseiro esquerdo.
Mas o diretor de Fórmula 1 da Pirelli, Mario Isola, foi claro ao analisar os acidentes no pós-corrida: "Acredito que podemos desconsiderar que as falhas tenham sido causadas por desgaste dos pneus, já que não se trata de uma questão de desgaste. O traseiro esquerdo não é o que mais sofre com atrito em Baku, é obviamente o traseiro direito."
"Eu não quero dar conclusões antes da hora, mas parece que há cortes devido a detritos", afirmou. "As investigações preliminares apontam para um fator externo ou destroços ou zebra ou alguma outra coisa."
"Outro elemento foi que não houve sinal ou qualquer aviso vindo das equipes. Nós temos que receber suas telemetrias, mas o que nos foi dito foi que não havia sinais, vibrações, nem nada que indicasse algo errado com os pneus."
Ainda, Isola comentou especificamente cada acidente e o que pode ter, portanto, causado cada batida.
"Sobre o Max, poderia ser por conta de destroços do carro do Lance", sugeriu. "Quanto ao Lance, honestamente, não sei, já que não houve incidentes antes da batida". Mas ressaltou: "Não posso descartar algum detrito na pista."
Continuando com a argumentação, o mandachuva ainda deu o exemplo da batida de Bottas em 2018 para reforçar a tese.
"Bottas acabou com um grande pedaço de detrito na reta principal e teve o mesmo problema", lembrou. "Naquele caso, era visível pelas imagens e poderíamos ver claramente o destroço cortando o pneu. Neste caso, é um pouco mais complicado."
Ainda, foi revelado um corte no pneu de Lewis Hamilton, que não teve dia feliz e terminou apenas na 15ª posição, após ter problemas na curva 1, durante a relargada, e perder a chance de vitória a duas voltas do fim.
"[O corte de no pneu de Hamilton] é claramente causado por destroços. Está claro, porque o pneu ainda está inteiro e dá para ver que o corte não tem uma direção específica, é um corte que vem de fora", explicou.
