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Messi 🆚 Mbappé: 4️⃣ perguntas (e respostas) para a final da Copa do Mundo




Dupla do PSG, Lionel Messi e Kyllian Mbappé, estrelará final da Copa do Catar — Fotos: Divulgação / FIFA

Por Luciano Melo e Valentin Furlan – 15 de dezembro

A Lionel Messi, a coroa de glória eterna; a Kyllian Mbappé, um presente encantador e um futuro ainda mais promissor.


A final da Copa do Mundo do Catar está definida, e quiseram os deuses do futebol que as duas estrelas PSG, ao lado de Neymar, se enfrentassem em uma decisão histórica da qual França ou Argentina sairá com o tricampeonato Mundial.

Sem mais delongas, separamos as quatro principais perguntas para a finalíssima e, claro, as respondemos. Se liga!

1️⃣ Será o jogo mais importante da carreira de Messi?

Lionel Messi vem demolindo recordes e construindo um verdadeiro recital no Catar.

Foi o 25º jogo em Copas do Mundo, igualando Lothar Mathäus, o 11º gol em mundiais, suoerando Gabriel Batistuta, e oito assistências no torneio – igualando o que Maradona fez em 1986. A pergunta a se fazer, no entanto, é se ralmente importa se Lionel Messi vencer uma Copa do Mundo? Claro que o resultado final sempre decidirá o lado de vencedores e perdedores. E creio que por tudo isso, sim, será a partida mais importante de Messi em sua brilhante trajetória. Justamente em sua "última dança". Mas qualquer que seja o resultado, estamos nos despedindo de algo completamente fora da realidade.

Ídolo argentino vai em busca do maior título da carreira em sua última Copa do Mundo — Foto: Divulgação / FIFA

Um gênio. /Luciano Melo

2️⃣ A França chega tão forte quanto em 2018?

Foram nada menos do que seis grandes desfalques confirmados nos Les Blues no pré-Copa do Mundo: Karim Benzema, Christopher Nkunku, Mike Maignan, Presnel Kimpembe, N'Golo Kanté e Paul Pogba. Não bastasse, some mais três para a vitória na semifinal, contra Marrocos: Adrien Rabiot, Dayot Upamecano e Lucas Hernández. Sim, um total de nove perdas. É verdade, Rabiot e Upamecano devem retornar para a finalíssima, mas Didier Deschamps ainda terá boas dores de cabeça com os outros seis ausentes.

Deschamps, técnico da França, durante classificação sobre a Inglaterra, nas quartas de final — Foto: Divulgação / FIFA

Aliás, teria.

A França demonstrou neste Mundial ser a seleção mais poderosa do planeta. É praticamente impossível imaginar que outra equipe tivesse poderio para, mesmo com um quase time inteiro de ausência, chegar a uma final consecutiva de Copa do Mundo. Certamente, um feito histórico a ser valorizado.

Dito isso, enfrentar uma Argentina de Messi tão inspirada como a que temos visto não vai ser tarefa fácil e é justo não apontar favoritos na decisão. Mas não bobeie com a França. Se ter um dos maiores de todos os tempos em seu melhor Mundial conta muitos pontos a favor, ter Kyllian Mbappé, Antoine Griezmann, Olivier Giroud, Aurélien Tchouaméni e outras estrelas também é tentador.

E olha que poderia ser pior. /Valentin Furlan

3️⃣ Qual o papel de Scaloni no sucesso da seleção argentina?

Lionel Scaloni tem demonstrado como poucos técnicos nesta Copa acertar suas táticas ao longo do torneio. Se na estreia desastrosa, contra a Arábia Saudita, o time albiceleste vinha no 4-4-1-1, com Lisandro Martínez fixo à frente e Messi flutuando ilhado pelo meio, o time foi se ajustando a um 4-4-2 mais estreito, mas flexível, no qual os laterais Molina e Tagliafico jogam mais avançados e Julián Álvarez, no lugar de Lisandro, alterna com Messi o dinamismo no ataque.

Ataque 'reinventado' da Argentina é um dos méritos de Scaloni na campanha rumo à final — Foto: Divulgação / FIFA

Isso forneceu ao gênio da camisa 10 vagar com mais fluidez, com seus companheiros preenchendo as lacunas ao seu redor e abrindo corredores, como na assistência magistral a Álvarez para o terceiro gol contra a Croácia – jogada já antológica na história das Copas. Scaloni tem muitos méritos nisso. /Luciano Melo

4️⃣ O que as semifinais nos ensinaram para a final?

Se a Croácia não foi um rival à altura porque não conseguiu chegar à área portenha, isso foi graças à Argentina. Taticamente, foi feita uma partida perfeita, em mais uma demonstração da capacidade de Scaloni em ler seus adversários. Ele deixou a Croácia de posse da bola e não pressionou alto, para evitar criar espaços, mas pressionou perto do meio do campo com um bloqueio compacto, e isso deixou Modric e os outros meio-campistas sem opções de passe: eles não sabe o que fazer com a posse de bola porque não tem atacantes fortes no um contra um.

Assim, os argentinos aproveitaram os deslocamentos de Mac Allister, De Paul, Enzo e Paredes e os laterais, para recuperar e sair rapidamente. No segundo tempo, com muita hierarquia, quem ditou o ritmo foi Messi. Daí talvez esteja a grande chave para domingo: domar o adversário para a genialidade do camisa 10 brilhar. /Luciano Melo

Do lado da França, fica clara sua capacidade de definição. Tudo bem, Giroud realmente desperdiçou chances a rodo contra Camarões, que, por sua vez, conseguiu incomodar muito os franceses, pecando tecnicamente na hora da finalização. Defensivamente, é verdade, a atuação ligou uma luz de alerta. Mas a Argentina também teve momentos indigestos, como no empate sofrido no último minuto das quartas, frente à Holanda, e fez da tensão uma festa, pouco tempo depois. Isso cria casca e um caráter copeiro.

Mbappé e companhia acumulam, talvez, uma qualidade técnica jamais vista na história recente, e o poderio individual que a seleção tem, ora com as arrancadas do camisa 10, ora com a movimentação de Griezmann, ora com as tabelas via pivô e finalizações de Giroud, reserva muitas fichas para apostar contra os sul-americanos.

A França pode não estar no melhor dia, mas basta um escorregão para os argentinos verem o título mundial ir por água abaixo. /Valentin Furlan


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