Por Luciano Melo – 14 de dezembro
Então o futebol é isso: estressar, suar, temer o pior e depois respirar fundo e sentir uma alegria indescritível. Por um momento suspenso, fora do tempo e deliciosamente belo. Mas acima de tudo histórico. A seleção da França viveu todas essas emoções na noite de quarta-feira no estádio do Al-Bayt, ao vencer Marrocos por 2 a 0 e garantir a passagem para a final da Copa do Catar contra a Argentina, no domingo.
Num jogo disputado em alta tensão, nem mesmo o gol inicial de Theo Hernández (4´) esfriou o clima. Com o estádio tomado pela maré vermelha islâmica, os franceses tiveram todo o trabalho do mundo para montar seu jogo, constantemente pressionados e misturados por marroquinos agressivos, sempre rondando o empate.
O jogo teve um grande Lloris e um enorme Konaté, que seguraram os leões africanos e revelaram uma França até então inédita neste Mundial: operária. A ausência de Rabiot, doente, foi compensada pela entrega de todos, como Griezmann, fechando pelo lado direito da defesa francesa.´No final (79´), Kolo Muani, aproveitando o rebote do goleiro Bono no chute de Mbappé, deu números finais à partida.
Agora, os atuais campeões enfrentam um mito do futebol. Duas nações em busca de uma terceira estrela. Mbappé x Messi. O estádio Lusail, em Doha, por um momento, será uma nova Buenos Aires. E caberá aos franceses frear o ímpeto argentino.
Conseguirão?
