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📊 Fatores decisivos, histórico e mais: Guia para a final da Liga dos Campeões


Manchester City ou Inter de Milão: Champions League terá seu novo campeão neste sábado — Foto: Reprodução / Twitter / Champions League

Por Luciano Melo e Valentin Furlan – 10 de maio

Tudo se resume a este sábado. Quando iniciar a final da Liga dos Campeões, no Estádio Ataturk, em Istambul, na Turquia, estará em jogo o desfecho de temporadas espetaculares de Manchester City e Inter de Milão.

Os Citizens, que já conquistaram a Premier League e a FA Cup, tentam se igualar ao grande rival, Manchester United, e conquistar sua primeira tríplice coroa – apenas a segunda na história da Inglaterra. Já os italianos não venceram o título nacional neste ano, mas conquistaram a Supercopa e a Copa da Itália. De certa forma, também há um triplete em jogo para os milaneses.

Mas quais as estratégias e antídotos que Pep Guardiola e Simone Inzaghi preparam para a finalíssima de Istambul? Aqui, trazemos tudo o que você precisa antes do confronto.

📈 Como chega o Manchester City?

Jogadores do City celebram gol na vitória por 4 a 0 sobre o Real Madrid — Foto: Reprodução / Twitter / Champions League

Da melhor forma possível. Há muito tempo não se via uma equipe dominar tanto grandes favoritos ao título da forma como o City o fez neste mata-mata.

Ainda invicto na competição, não teve grandes problemas na fase de grupos e se classificou em primeiro com antecedência; nas oitavas, despachou o RB Leipzig anotando 7 a 0 no jogo de volta; nas quartas, abriu a contagem sobre o Bayern de Munique com outro dominante triunfo, desta vez por 3 a 0; contra o Real Madrid, já nas semis, a vingança da eliminação doída na temporada passada veio com um sonoro 4 a 0 no Etihad.

De fato, nada disso entrará em campo neste sábado. Assim como em 2021/22, os Citizens também trilharam caminho pesado (mas não tão pesado como desta vez) no mata-mata – eliminaram Borussia Mönchengladbach, Borussia Dortmund e, por fim, o Paris Saint-Germain –, mas não foram páreos para o Chelsea na finalíssima, em uma das piores apresentações sob o comando de Guardiola.

Há quem diga que a 'aura' e o 'espírito' da equipe são diferentes desta vez. Ora, possuem o maior centroavante da atualidade, meio-campistas em suas melhores formas, como são os casos de Rodri, Ilkay Gündogan e Kevin De Bruyne, além de uma defesa que aspira confiança e já se provou, sobretudo contra o Bayern, em momentos decisivos. Isso tudo, contudo, precisa funcionar neste sábado.

Se há uma lição deixada pela final de dois anos atrás é que, qualquer que seja o favoritismo – e o City e bem favorito –, as engrenagens precisam funcionar com fluidez em uma final. Guardiola e os jogadores já sabem disso. É claro que o antecedente é encantador, mas o City estará mais uma vez à prova no jogo mais importante da sua história.

Até aqui. /Valentin Furlan

☄️ Quem pode decidir para o City: Erling Haaland

Haaland deixou o dele na goleada sobre o RB Leipzig, pelas quartas de final — Foto: Reprodução / Twitter / Champions League

Surpresa para um total de zero pessoas. Vou tentar ser o mais sucinto possível.

Logo em sua primeira temporada na Inglaterra, Haaland fez história – foram 36 gols em uma única edião de Premier League, ultrapassando Andy Cole e Alan Shearer, com 34, e quebrando recorde; na Champions, já é o artilheiro da competição, com 12 tentos anotados e quatro a mais que Mohamed Salah, vice-líder no quesito.

A grande questão é se o norueguês seria a peça no tabuleiro que faltava para Guardiola, enfim, dar seu primeiro xeque-mate na competição desde que chegou a Manchester. Até aqui, o técnico teve seis oportunidades e caiu antes das semifinais em quatro dessas – chegou à final em 21/22 e às semis no ano passado.

Porém, Haaland, apesar do inegável protagonismo, passa longe de ser a única grande ameaça da equipe para a decisão. E nem precisamos ir longe para citar Gündogan, que marcou os dois gols do título da Copa da Inglaterra do último final de semana, sobre o United, ou as grandes campanhas de Riyad Mahrez e, sobretudo, Jack Grealish compondo o trio de ataque, além dos pontos citados anteriormente.

Se engana quem pensa que Haaland foi o grande fator decisivo para o City até aqui. Se trata de uma junção de fatores muito bem orquestrados que o colocaram em posição para definir jogos e quebrar recordes.

Mas também se engana quem subestima o poderio de um camisa nove tão diferenciado, mesmo com tantos outros protagonistas, em uma finalíssima. /Valentin Furlan

📈 Como chega a Inter de Milão?

Equipe de Milão comemora classificação nas oitavas de final — Foto: Reprodução / Twitter / Champions League

Para a Internazionale, conquistar a Champions sobre o melhor time da atualidade parece um sonho distante. Ainda se levarmos em conta que este será a última tentativa na temporada de uma equipe italiana levantar um troféu europeu, após a Roma perder nos pênaltis a Liga Europa e a Fiorentina, a Conference League tempo normal. No arredores do Estádio Ataturk, as avenidas estão repletas de outdoors que estampam Haaland, De Bruyne e Guardiola com os braços cruzados. O favoritismo e a obrigação de vitória são do City. Daí pode estar a chave de vitória para o time de Milão.

Inzaghi sabe que pelas laterais é o caminho de machucar o Manchester City, recuando as linhas no combate aos cruzamentos aéreos para Haaland e aproveitando as estocadas de Dimarco, que já tem 5 assistências nesta Liga dos Campeões. Pressão na saída de bola? Improvável, pois não é característica da Inter. Mas o planeta também sabe que ficar com o time muito recuado contra Guardiola é suicídio. Então Inzaghi preparou a equipe com linhas muito estreitas, o que tira profundidade do tubarão norueguês. Veremos a esquadra italiana com trocas rápidas de bola entre o meio campo e as alas, puxando contra-ataques com Barella e Mkhytarian, Dzeko como armador ofensivo e Lautaro mais avançado, buscando espaços na defesa inglesa. /Luciano Melo

🤩 Quem pode decidir para a Inter: Lautaro Martínez

Martínez comandará o ataque da Inter neste sábado — Foto: Reprodução / Twitter / Champions League

O atacante argentino pode atuar como um falso pivô, tabelando com Barella e Mkhytarian, e fazendo dupla de ataque com Dzeko ou com Lukaku. O belga se encaixa melhor taticamente, principalmente para os contra-ataques, e formaria uma dupla explosiva com Lautaro. O que tem sido raro ultimamente em finais de Liga dos Campeões.


Antes do atual treinador da Inter de Milão, o último técnico ex-atacante a chegar na final da Champions foi Jupp Heynckes, em 2013, com o Bayern. Curiosamente, os bávaros foram a vítima da última equipe a levantar o troféu da Liga dos Campeões com uma dupla de atacantes titular: em 2003, o Milan, de Shevchenko e... Inzaghi.


Seria Lautaro a bola da vez? /Luciano Melo


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