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Como as novas contratações do Aston Villa vão encaixar no time de Gerrard? 🧠


Coutinho foi uma das grandes contratações da janela de inverno europeia — Foto: Reprodução / Twitter / Premier League

Por Gabriel Lins – 03 de fevereiro

Buscando subir de patamar na Inglaterra, o Aston Villa foi um clube bem ativo no mercado nesta janela de inverno. Trouxe ao todo quatro reforços, todos de posições muito pontuais e selecionados pelo técnico Steven Gerrard com maior urgência no momento.

Goleiro

Para a posição de goleiro, apesar de já ter Emiliano Martínez – um dos melhores goleiros da temporada 2020/21 –, o Aston Villa precisava contratar um goleiro reserva em caso da necessidade de repor emergencialmente o argentino durante a temporada. Para isso, trouxe o goleiro titular da seleção sueca, Robin Olsen, que estava emprestado ao Sheffield United, em novo empréstimo vindo da Roma, até o fim desta temporada. Uma boa aquisição para ser o reserva imediato do Martínez.

Defesa

Com a saída de Alex Tuanzebe para o Napoli por empréstimo – ele estava emprestado pelo Manchester United ao time de Birmingham –, Gerrard viu a necessidade de trazer mais um zagueiro para o elenco, e o escolhido foi Calum Chambers, antes no Arsenal, que chegou a custo zero.

Chambers perdeu bastante espaço com Mikel Arteta por conta da chegada de reforços na janela de verão, como Takehiru Tomiyasu e Ben White, que tomaram conta, respectivamente, das posições de lateral-direito e zagueiro, justamente nas quais o inglês normalmente atua. Aliás, fica a incógnita de como Gerrard irá utilizar Chambers no esquema dos Villans, uma vez que, em Londres, não conseguia demonstrar segurança jogando como zagueiro em uma linha de quatro defensores – mudança que o novo comandante do Villa fez logo quando chegou ao clube – e como lateral não entrega bem o que Gerrard quer para a posição, visto que os laterais no estilo do técnico atuam mais próximos ao gol adversário, diferentemente de Chambers, que normalmente tem caráter mais contido e defensivo, fazendo poucas ultrapassagens.

Finalizando o setor defensivo, tem ainda a contratação do lateral-esquerdo Lucas Digne, ex-jogador do Everton, que chegou em definitivo por 30 milhões de euros (pouco menos de R$ 180 mi). E talvez tenha sido a contratação mais certeira do Aston Villa na janela, visto que Digne cresceu muito atuando na Premier League pelos Toffees desde que veio do Barcelona, se tornando um dos melhores na posição.

O francês se destacou muito pelo seu forte apoio pelo lado esquerdo e pela qualidade de seus cruzamentos para dentro da área, características que se encaixam perfeitamente com o que o Gerrard pensa para a função. Tende a ser um belo casamento para o Villa: uniu o útil ao agradável e evoluiu bastante a posição, comparado ao antecessor Matt Targett, que acabou emprestado ao Newcastle até o fim da temporada.

Ataque

Partindo para o sistema ofensivo, o Aston Villa trouxe ninguém menos que Phillipe Coutinho, vindo do Barcelona por empréstimo até o fim da temporada e com opção de compra de 40 milhões de euros (cerca de R$ 240 mi). É uma contratação que faz bastante sentido por conta das características que o time perdeu com a saída de Jack Grealish para o Manchester City. Coutinho deverá ser jogador que arma as jogadas e dialoga com os companheiros por dentro, partindo da esquerda, sendo o elo entre o meio de campo e o ataque.

Com Dean Smith, ex-técnico do clube e atualmente treinador do Norwich, Buendía foi o escolhido para fazer a função de armador e não rendeu tão bem jogando dessa forma. Também por isso, viu-se a necessidade de trazer um jogador dessa posição para que articulasse melhor as jogadas. Acabou por ser o brasileiro, de quem Gerrard já conhece o estilo de jogo.

Contudo, a perda de espaço no Barcelona seguida de seu baixo rendimento talvez seja o principal ponto negativo. É um movimento promissor, mas fica, pela falta de regularidade e de boas atuações nas últimas temporadas, a dúvida se Coutinho vai conseguir render o que se espera.

De forma geral, o Aston Villa fez um mercado bastante interessante e promissor, que consolida a busca do clube em dar um salto de patamar e almejar voos mais altos, como realmente brigar por vaga em competições europeias. Mapeou bem o que faltava para dar mais opções a Gerrard, subiu muito de nível na lateral-esquerda e trouxe um jogador com chances de retomar o bom futebol que já apresentou há algum tempo e que tem as características que faltavam ao elenco, desde a saída do seu principal jogador na temporada passada. O que falta agora é ver se essas aquisições e a continuação do trabalho do novo treinador vão casar e fazer o Villa chegar no nível almejado.

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