Jogo será neste domingo (02), em Miami; veja os destaques e o que esperar de cada uma das franquias
Estamos cada vez mais perto do momento mais esperado dos esportes americanos: neste domingo (02), teremos o Super Bowl entre San Francisco 49ers e Kansas City Chiefs, em Miami. A partida tem início marcado para 20h30, no horário de Brasília.
O ataque de San Francisco
O caminho para o Super Bowl não foi fácil para as equipes. No lado da NFC, os 9ers começaram a temporada com muita desconfiança. Não sabíamos o que esperar de Jimmy Garopolo como QB titular (antes desta temporada, era banco com frequência), se ele conseguiria levar esse time para um outro nível. Mas conseguiu.
Na verdade, muita desconfiança em toda unidade ofensiva. Nomes como Mostert e Breida não eram considerados como de jogadores de impacto para o forte jogo corrido da liga. No corpo de wide recievers também não víamos ninguém que se destacava. Mas Deebo Samuel, calouro draftado de South Carolina, jogou bem durante a temporada e, em parte, foi acompanhado pelo veterano Emmanuel Sanders, vindo de Denver para dar mais dinamismo ao corpo de recebedores.
A estrela no ataque com certeza estava entre os tight-ends: George Kittle fez ótima temporada, seguindo o ano passado, quando terminou com 88 recepções para 1.377 jardas, anotando 5 touchdowns. Ele é a arma mais poderosa desse ataque, que pode ser um diferencial para o jogo deste domingo.
A conexão Garopolo-Kittle também pode trazer para San Francisco o seu 6° Super Bowl, se igualando, assim, ao New England Patriots e ao Pittsburgh Steelersomo os maiores campeões da liga.
Já no lado defensivo do jogo para San Francisco, além do calouro defensivo que conquistou todos os fãs, e que deve ser eleito como calouro defensivo do ano, Nick Bosa, ainda temos Arik Armstead, que faz uma temporada maravilhosa, e o camisa 55, Dee Ford. Draftado em 2014 pelos Chiefs, o defensive end passou 5 anos por lá até esta temporada, quando foi trocado para os 9ers por uma escolha de segunda rodada de 2020. O atleta é uma ótima arma para pressionar o quarterback e esse pode ser um dos caminhos para vencer o jogo. Na realidade, se tem uma defesa capaz de fazer isso é justamente a de San Francisco, quanto mais ele for incomodado quando estiver em campo, mais chances do time liderado por Garoppolo tem de conquistar o título.
Para entender mais sobre essa defesa, acompanhe nossa matéria dissecando a unidade clicando aqui (o link abrirá em nova janela).
Desde sua estreia como titular, Patrick Mahomes é considerado um dos melhores QBs da liga (sendo eleito MVP na temporada passada) e teve um início de ano com vitórias acumuladas. Foram 4 vitórias nos 4 primeiros jogos.
Após isso, que alguns problemas começaram a aparecer. Nos jogos das semanas 5 e 6 contra Colts e Texans respectivamente, duas derrotas seguidas, e a defesa mostrando uma fragilidade contra o jogo corrido. No jogo seguinte, contra os Broncos, mais uma notícia ruim: o signal caller, atual MVP, se contunde. O sinal de alerta foi ligado em Kansas, à medida que se tornava um time que demonstrava problemas sem Mahomes.
O jogo que todos esperavam ainda estava por vir e era contra os Patriots em Foxboro. Será que Mahomes finalmente venceria Brady? A resposta foi sim. Em jogo recheado de polêmicas por parte da arbitragem e muita reclamação por parte dos torcedores dos Patriots, os Chiefs saíram com a vitória por 23 a 16 e acabariam conquistando a 2ª colocação da AFC.
Kansas City melhorou o seu jogo corrido trazendo o veterano LeSean McCoy, depois de passar seis temporadas com os Eagels e quatro com os Bills. Em Kansas, mesmo com o domínio do jogo aéreo, McCoy conseguiu anotar 4 touchdowns em 13 jogos.
Já o corpo de recebedores dos Chiefs tem uma das melhores duplas de jogadores, com Sammy Watkins e Tyreek Hill, jogadores rápidos e dinâmicos que podem fazer a diferença nesta partida. Entre os tight-ends, um dos melhores da liga: Travis Kelce. Em sua sétima temporada, foram 1.229 jardas com 5 TDs anotados. Extremamente físico e ágil, Kelce há muito tempo é considerado um dos melhores de sua posição na liga, carregando o legado deixado por Tony Gonzalez.
Para Kansas, o segredo do jogo está em aspectos que o time já segue: Mahomes precisa ter tempo para achar os seus recebedores. No entanto, a linha ofensiva terá o trabalho mais difícil da noite, que é justamente parar o pass rush de San Francisco. Tyreek Hill pode ser um dos principais nomes do jogo, usando a sua velocidade e rotas para superar a defesa dos 9ers.
A defesa de Kansas terá que mostrar que os problemas contra o jogo corrido ficaram no passado e precisam mostrar que podem parar o jogo terrestre para manter Mahomes para o campo.
A certeza é que o jogo tem tudo para entrar para a história: de um lado, a chance dos 49ers ganhar o seu 6° título e, de outro, os Chiefs chegando ao maior palco dos esportes americanos depois de 50 anos. A partida terá cobertura total do Zona Mista.
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