Brees: "Devemos reconhecer os problemas, identificar as soluções"
Trump entende que os protestos durante o hino "desrespeitam a bandeira americana"
Em meio às recentes manifestações contra o racismo nos EUA pela morte de George Floyd, a NFL, através do comissário Roger Goodell, desculpou-se por não ter ouvido os seus atletas no passado dizendo, ainda, encorajar o movimento agora. A declaração, contudo, não pegou muito bem para o presidente Donald Trump.
O chefe do Estado é declaradamente contra os protestos em meio aos jogos da NFL, afirmando que quem se ajoelha durante o hino estaria "desrespeitando a bandeira americana", pedindo no passado inclusive para que as franquias punissem os seus jogadores que se manifestassem dessa forma.
"Poderia ser que, mesmo que remotamente possível, Roger Goodell, ao invés de ter interesse em manter a paz e a reconciliação, ter intimado que agora estaria ok em os jogadores SE AJOELHAREM ou não estarem de pé durante o hino nacional, sendo assim, desrespeitando o nosso país e nossa bandeira?", disse Trump no Twitter.
Recentemente, o quarterback do New Orleans Saints também havia se metido em polêmica ao defender os mesmos ideias que o presidente americano. Após pedir desculpas publicamente, demonstrou ao presidente que as manifestações dos jogadores "não são um desrespeito à bandeira", mas, sim, "um holofote para um dos principais problemas sociais nos EUA, que é a desigualdade racial".
"Fizemos isso de volta em 2017 e, infelizmente, eu o trouxe de volta com meus comentários esta semana. Devemos parar de falar sobre a bandeira e voltar nossa atenção para as questões reais de injustiça racial sistêmica, opressão econômica, brutalidade policial e reforma judicial e penitenciária. Estamos em um momento crítico da história de nossa nação! Se não agora, então quando?", disse Brees via Instagram, se direcionando à Donald Trump. "Nós, como comunidade branca, precisamos ouvir e aprender com a dor e o sofrimento de nossas comunidades negras. Devemos reconhecer os problemas, identificar as soluções e, em seguida, colocar isso em ação. A comunidade negra não pode fazer isso sozinha. Isso exigirá todos nós", encerrou.
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