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Treinos Livres 1 e 2: Veja tudo o que rolou na quinta-feira de Fórmula 1


Leclerc foi o mais veloz da segunda sessão de treinos — Foto: Scuderia Ferrari

Esta quinta-feira (20) foi dia de treinos livres em Mônaco. Estes acontecem sempre na quinta, pois na sexta não há atividades para as equipes na pista, mas, sim, uma enorme quantidade de compromissos comerciais. Afinal, o circo da Fórmula 1 está no lugar onde grandes negócios são realizados. Mesmo assim, os trabalhos na pista são intensos e vamos resumi-los aqui.

 

Treino Livre 1

Tão logo o cronômetro iniciou a contagem regressiva de 60 minutos, muitos pilotos já trataram de levar seus bólidos à pista para voltas de instalação e ainda poder se ambientar com o desafiador traçado. Assim, com 10 minutos de treino, correndo em casa, o monagesco Charles Leclerc tinha provisoriamente a melhor volta com 1m14s457, mas logo foi superado por seu aguerrido companheiro de equipe, Carlos Sainz. Um começo de treino animador para os fãs da tradicional Scuderia Ferrari.

Chamava atenção o bom rendimento da Ferrari, uma vez que Sainz obteve o melhor tempo provisório com pneus C4, de faixa amarela, impondo uma considerável diferença para o segundo colocado, Lewis Hamilton, que vinha com sua Mercedes quase 8 décimos de segundo atrás de Sainz. Vale lembrar que a fornecedora de pneus da categoria, Pirelli, promove neste GP a estreia do composto mais macio de sua gama na temporada (chamado de 'C5', que significa 'composto 5'). Também disponibilizou às equipes os compostos duro, C3 e o já citado composto médio (C4).

Mônaco possui a volta mais curta do ano, com a menor velocidade média, e também tem a curva mais lenta do ano, a famosa curva do 'Hotel'. Para lidar com isso, as equipes usam um pacote de alta pressão aerodinâmica, com asas dianteira e traseira específicas para equilibrar os níveis de downforce. Também há apêndices feitos sob medida, bem como ajustes no volante para prover o esterço necessário para contornar as fechadas curvas do traçado. Não fosse o bastante, há também um pacote de freios desenvolvido especialmente para o GP.

Dessa forma, com 30 minutos de treino, Lewis Hamilton foi o primeiro piloto a marcar tempo a abaixo de 1m13s, anotando 1m12s995. Mesmo assim, a diferença não era muito maior em relação a Bottas e Verstappen, que vinham em 2º e 3º, respectivamente. Mesmo sendo apenas o TL1, era o aperitivo para o quanto a disputa pela pole position será acirrada. Afinal, largar na ponta é um forte indício de vitória para qualquer piloto em Mônaco, um circuito de difíceis ultrapassagens.

E também pilotando praticamente em casa, o francês Pierre Gasly, da AlphaTauri mostrou que vem muito bem alinhado com seu carro e o traçado, marcando 1m12s929 e assumindo o posto de melhor tempo. Até então, apenas Gasly, Sainz e Hamilton haviam marcado tempos na casa de 1m12s.

E é curioso como as coisas mudam em minutos na Fórmula 1: após ótimo início de trabalhos no fim de semana, Leclerc teve um problema na caixa de câmbio. Restando apenas dois minutos para o encerramento do treino, amargava na última posição da tabela de tempos, algo realmente incomum, principalmente quando seu companheiro de equipe, Sainz, figurava em 2º.

E a 14 minutos do fim, a dupla da Red Bull vinha bem na pista. Verstappen marcava o primeiro tempo utilizando os pneus médios (1m12s648) e Perez, utilizando os pneus macios, vinha 169 milésimos atrás. Era uma demonstração de que o carro está muito equilibrado para as disputas na pista.

E foi justamente Sergio Pérez, muito cobrado a entregar melhores resultados à equipe durante as últimas semanas, quem marcou finalmente o melhor tempo, em 1m12s536. Vale lembrar que o mexicano foi um dos poucos a utilizar os compostos macios.

Os tempos do TL1, em Monte Carlo — Foto: Fórmula 1
 

Treino Livre 2

Equipes e pilotos seguiam trabalhando duro para obter os melhores ajustes possíveis para as atividades de sábado. E com todos os carros já tendo marcado tempos, sem nenhuma exceção, utilizando os pneus de composto médio (C4), Lewis Hamilton liderava a sessão com 1m12s772, seguido de Verstappen, Bottas e Pérez. Com isso, ia-se definindo que a disputa pela pole position deverá ficar entre as equipes Mercedes e Red Bull, conforme previsto.

Após ter amargado o último lugar no TL1, o piloto da casa Charles Leclerc deu indícios de estar se recuperando e conseguiu marcar o 6º tempo. Apesar disso, é insuficiente para fazer frente a Sainz, que, em seu ano de estreia na Ferrari, parece não estar sentindo os efeitos da mudança de equipe (Sainz defendeu a McLaren até o ano passado).

A primeira equipe a fazer o uso dos pneus macios foi a Williams, que, neste GP, comemora a importante marca de 750 corridas disputadas, com direito a nomes de torcedores adesivados nos carros. E, mesmo não sendo mais propriedade da família de Sir Frank Williams, é uma equipe que tem a simpatia de muitos fãs da categoria e segue com um trabalho de reestruturação, contando com os serviços da dupla Nicholas Latifi e George Russell.

Monegasco, durante sessão de treino desta quinta — Foto: Scuderia Ferrari

Com meia-hora de treino, as demais equipes seguiram as Williams e foram ao asfalto utilizando os compostos macios. Naturalmente, os tempos começaram a baixar bastante. Carlos Sainz foi o primeiro piloto a baixar da casa de 1m11s, marcando 1m11s796. Era seguido por Hamilton, Verstappen, Leclerc e Bottas. A Ferrari parece ter encontrado o equilíbrio ideal para essa pista, além de ter solucionado o problema que deixou Leclerc em último no TL1.

E, de fato, o retorno à boa forma de Leclerc se confirmou com o monagesco marcando o melhor tempo do final de semana até ali, com 1m11s684, se aproximando demais do tempo recorde da pista, pertencente a Daniel Ricciardo - 1m10s810 com a RBR, em 2018.

Quem não conseguia repetir o bom treino que fez na primeira sessão foi o japonês Tsunoda, da AlphaTauri, que vinha com o último tempo, mas informou à equipe pelo rádio que deu um toque no guard rail, sendo chamado ao boxes para reparo do seu carro.

E o japonês não seria o único. Restando 10 minutos para o final da sessão, os pilotos foram com o intuito de superar o tempo obtido por Leclerc. Entretanto, o estreante Mick Schumacher causou bandeira uma amarela em diversos setores do circuito por ter perdido o controle de sua Hass, atingindo o guard rail e furando o pneu traseiro direito do seu carro. No fim, faltando quatro minutos, a direção de prova acabou acatando a bandeira vermelha e encerrando as atividades do dia.


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