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Monday Night: Seattle deslancha no 2° tempo, vira para cima dos Vikings e reassume a ponta no Oeste

Atualizado: 29 de jul. de 2021

Equipe ainda cedeu dois touchdowns no 4° quarto, mas vence com turnover no último lance; acompanhe o resumo rápido ou os detalhes drive a drive

Por Valentin Furlan — Seattle, EUA

03/12/2019

Elenco do Seattle Seahawks comemorando TD na vitória em casa sobre Minnesota — Foto: Rod Mar

Pelo Monday Night Football, em jogo que encerrou a Semana 13 da regular season, os Seahawks receberam o Minnesota Vikings, no CenturyLink Field, em Seattle. E o placar foi favorável aos donos da casa, que mais uma vez embalaram no segundo tempo com o apoio da torcida, que celebrou mais uma importante vitória no ano, além do retorno à liderança da NFC West, despachando, por ora, o rival San Francisco 49ers.

Russel Wilson se aquecendo antes de jogo contra os Vikings — Foto: Rod Mar

 

Como vinham as equipes

O grande peso da partida se dava pelos dois times estarem, até o momento, ocupando as duas vagas do Wild Card na conferência nacional. E, apesar do fato de Green Bay ter vencido o New York Giants e ser o líder da NFC Norte, os Vikings estavam a apenas uma vitória de empatar com os Packers – mas seguiriam com a vice-colocação de qualquer forma, já que perderam para a franquia de Winsconsin na semana 2, por 21 a 16. Do outro lado, o time da casa também estava a um triunfo dos líderes, 49ers, mas com a diferença de que San Francisco perderia a posição, também pelo critério de desempate, o confronto direto.

Torcedor de Seattle mostrando placa: "Em Russ nós confiamos" — Foto: Seattle Seahawks

Kirk Cousins vinha jogando muito bem e enfrentaria um front seven que demonstrava muito entrosamento até ali. A secundária de Minnesota também era destaque, mas por motivos não tão empolgantes: era uma incógnita, à medida que falhou diversas vezes nas últimas semanas. Na realidade, toda a defesa se mostrava inconsistente, cedendo várias big plays e resultados adversos.

Delegação dos Vikings durante viagem à Seattle, sede do jogo desta segunda-feira — Foto: Andy Kenutis

 

Resumão

Foi um belo jogo, que honrou ser marcado no primetime. Russel Wilson foi líder novamente e certeiro em momentos-chave, incluindo em big play de 60 jardas que resultou em um dos touchdowns da vitória. Do outro lado, tivemos Kirk Cousins, que, apesar de não ser tão cotado entre os candidatos ao prêmio de MVP (jogador mais valioso da temporada), seguiu no bom ritmo de toda a temporada e não deixou a desejar na partida, acertando passes em janelas pequenas – seja de tempo, seja de espaço – e em clutch times.

As defesas também seriam pontos fortes das equipes não tivessem ambas cometido duas gafes no segundo tempo, que resultaram em pontuações seguidas que apimentaram ainda mais o duelo. Alguns turnovers também foram forçados, e foi justamente através de uma bola viva que a vitória foi decretada. Contudo, no geral, o jogo corrido foi o fator desequilibrante em favor de Seattle, que conseguiu dominar, marcar pontos e abrir janelas de respiração para o ataque em momentos pontuais.


 

Drive a drive

1° quarto

Com posse inicial de Seattle, as coisas iam bem para Russel Wilson, que não passou em um primeiro momento. E isso acabou sendo um problema no futuro próximo, quando se encontraram em uma 4ª para uma jarda, após não converterem uma 3ª descida. Assim, foram para o primeiro punt.

A campanha dos Vikings, diferentemente, começa com um passe de nove jardas seguido da primeira big play do tenso embate: CJ Ham recebeu passe de Cousins e correu para 36 jardas, parando já em área de field goal. E não seria a última: dois snaps depois, Steffon Diggs parou na boca da endzone, conseguindo escapar da defesa da casa e tendo campo livre para avançar 27 jardas pelo terreno. Embalada, a equipe marcou o primeiro touchdown da noite, em nova corrida de Dalvin Cook.

Dalvin Cook comemorando TD contra Seattle — Foto: Ted S. Warren/AP Images

Neste próximo drive, os caseiros conseguiram bom ritmo, e vários passes de médio alcance foram sendo completos por Wilson. Ironicamente, foi justamente em uma corrida em que o time da casa empatou a partida, com Chris Carson para uma jarda. Foram oito minutos de posse, com 75 jardas totais, sendo 49 aéreas e 26 terrestres. Dos seis passes arremessados, cinco foram completos. Não surpreendeu terminarem anotando seis pontos no placar e empatando o jogo.

Chris Carson, depois de marcar primeiro touchdown dos Hawks — Foto: Rod Mar

2° quarto

Tão logo se iniciou, a ofensiva de Minnesota era punida com uma segurada, na linha de 40 jardas de defesa. Isso acabou com as ambições no drive da franquia, que não conseguiu recuperar as jardas de punição e acabou indo para o three-and-out em uma 4ª para sete. A sorte dos visitantes foi que a campanha seguinte de Seattle também foi curta. Logo no terceiro snap, a defesa fingiu uma blitz, obrigando Russel Wilson a se livrar da bola antes do ideal: apesar de completar o passe com o tight end Jacob Hollister, uma jarda foi o que separou os Hawks do first down. Punt.

Novamente com a bola, os Vikings seguiam apostando em Dalvin Cook, que começou correndo para seis jardas. Em seguida, Pete Carrol, head coach de Seattle, desafiou uma primeira descida marcada pelas zebras em favor de Minnesota. Mesmo ganhando o desafio, sua defesa logo concedeu o first down, no snap seguinte. No entanto, não cederiam mais muito terreno. Duas jogadas depois, Kirk Cousins foi pressionado em uma 3ª para duas jardas e acabou se livrando da bola. O punter Britton Colquitt entrou em campo e realizou bom trabalho, fazendo o ataque de Seattle começar na linha de sete jardas do campo de defesa.

Chris Carson, entretanto, pôs o pé na porta e arrancou 14 jardas em um inside zone, o que deu mais espaço e tranquilidade para Russel Wilson trabalhar. Poucos segundos depois, um lance muito inusitado: Wilson tentou passe sob pressão, e Armon Watts conseguiu desvio. Com a bola no ar, o QB de Seattle deu um tapinha na bola para para evitar a interceptação, mas ela voltou a subir e caiu nas mãos do safety Anthony Harris, que conseguiu a pick-six, colocando Minnesota novamente à frente do placar.

Safety dos Vikings conseguiu o takeaway e anotou mais seis pontos para Minnesota — Foto: Minnesota Vikings

Após o kickoff, veio o que seria a última chance do ataque de Seattle pontuar, e, mais uma vez, os passes fluíram. Na verdade, os Hawks mostravam muito equilíbrio com o jogo corrido que, apesar de menos usado, apresentava resultados consistentes, além de possibilitar o play action, o que levou a franquia a conquistar terreno para os últimos minutos, na linha de 11 jardas de ataque. Mas, na volta do two-minute warning, Wilson não conseguiu completar passes à poucos metros da endzone, e os Seahawks foram para o field goal, com 58 segundos ainda no relógio.

No último drive do 1° tempo, os Vikings gastaram os três timeouts, e Kirk Cousins ia conseguindo liderar suas tropas, apesar de pouquíssimo tempo no relógio. Um fumble forçado pelo linebacker Jadeveon Clowney conseguiu assustar o torcedor nortista, mas que logo se acalmou ao ver a bola sendo recuperada pelo ataque, que seguiu em campo com 12 segundos para o intervalo. Mais: Stefon Diggs fez recepção de 10 jardas, e Mike Zimmer, head coach de Minnesota, parou o jogo com apenas um segundo para o half-time. Sem a necessidade de arriscar, a equipe converteu o field goal de 47 jardas e foi aos vestiários com vantagem de uma posse.

Destaques do 1° tempo

Estatísticas individuais dos 1° e 2° quartos — Foto: Zona Mista

3° quarto

Dando a largada para o 2° tempo, as zebras logo marcaram um fumble de Cousins, durante uma 3ª para 6, após ser atingido pela defesa dos Hawks em tentativa de realizar passe. Depois de desafio de Mike Zimmer, no entanto, a arbitragem reverteu a decisão, dando marcação de passe incompleto, uma vez que seu braço realizava o movmento de impulso com a bola ainda segura, na opinião do juiz, e Minnesota foi para o punt.

Na próxima campanha, uma unnecessary roughness questionável marcada contra os Vikings deu 15 jardas de presente para Seattle, depois de encontrão entre jogadores na lateral do campo. Destaque também para big play de Chris Carson, que recebeu passe para avançar, no todo, 25 jardas, caindo à beira da endzone, na linha de cinco. No próximo snap, viria o TD de Rashaad Penny, que recebeu pitch de Wilson, correndo por fora da defesa. 17 a 17.

Sem mais a vantagem, os Vikings iniciaram o drive seguinte pelo chão. Dalvin Cook não conseguiu espaço e foi tackleado logo na linha de scrimmage. Mais: o running back soltou a carne. Cook foi atingido pela defesa da casa e viu Bradley McDougald recuperar o fumble na marca de 26 jardas do seu campo de defesa. Era o primeiro turnover do segundo tempo. Mas, mesmo em boa posição de campo, Russel Wilson teve problemas com os passes devido à ótima marcação dos visitantes. Assim, não restou alternativa senão tentar um field goal de 29 jardas. Este que foi consagrado pelo kicker Jason Myers, que virou o jogo no CenturyLink Field.

Pela primeira vez atrás no placar, Minnesota abriu a campanha com mais energia e chegou a conseguir bom passe de 16 jardas com Mattison, mas, na jogada seguinte, cometeu uma saída falsa, acabando com o sonho de retaliar rapidamente os três pontos de Seattle. Pior que isso: logo após devolverem a bola aos Seahawks, Russel Wilson recebeu snap e mandou um foguete para David Moore anotar mais seis pontos, em jogada de 60 jardas.

Fantástica dança dos jogadores dos Seahawks para comemorar o maior touchdown da noite — Foto: Rod Mar

4° quarto

E as coisas iam de mal a pior para os visitantes. Kirk Cousins foi interceptado por Tre Flowers ao tentar conexão com Steffon Diggs, logo no começo do quarto. O wide receiver chegou a quase guardar a bola, mas dropou. O cornerback dos Hawks aproveitou a bola viva e confirmou o turnover, em ótima posição no campo.

Momento em que Flowers consegue interceptar o quarterback dos Vikings — Foto: Rod Mar

E Seattle não perdoou. Com bela atuação de Rashaad Penny, o running back correu 25 jardas em três snaps e concretizou mais um TD para os donos da casa. Estes que já estavam liderando a contagem, mas viam sua vantagem crescer mais sete pontos depois do extra point.

Penny marcando mais seis pontos para o Seattle Seahawks — Foto: Rod Mar

Kirk Cousins consegue, logo na campanha seguinte, conexão com Laquon Treadwell para 58 jardas, após no huddle, em gafe da defesa dos Hawks, que deixou o WR livre para pontuar. Foram apenas 41 segundos de drive, que teve a segunda maior jogada da noite sendo anotada.

Assim, novamente com a posse, Russel Wilson reiniciou o ataque sendo parado em uma 3ª descida para duas jardas. E, lembre-se, se trata de um momento decisivo da temporada: na quarta descida, Brian Schneider, coordenador ofensivo, chamou um fake: quando todos imaginavam um punt, Seattle realizou um pitch, que resultou em corrida de 29 jardas e caras assustadas na defesa de Minnesota seguindo a conversão para a primeira descida. Mas, apesar da grande jogada, todo o momento dos caseiros foi ladeira abaixo quando DK Metcalf recebeu passe, foi tackleado e sofreu um fumble. Primeiramente, as zebras marcaram passe incompleto para Russel Wilson, alegando que o wide receiver ainda não tinha posse da bola. Depois de desafio dos Vikings, no entanto, a decisão acabou revertida. Bola de Minnesota, na linha de 28 jardas do campo próprio.

E as coisas começaram muito bem para os Vikings, que avançaram 18 jardas após conexão de Cousins com o tight end Kyle Rudolph. Não bastasse isso, a defesa de Seattle cometeu um pass interference na linha de 25 jardas de ataque – a bola, então, é posicionada na marca da falta, como resultado. Nas próximas jogadas, Mattison correria até a linha de duas jardas do campo ofensivo. E, com todo o momento a seu favor, Kirk passou novamente para Kyle Rudolph conseguir recepção com uma mão e anotar o touchdown, em uma das jogadas mais icônicas da temporada. Agora, se a equipe acertasse o extra point, a diminuiria a diferença para apenas três pontos. Mas o roteiro do jogo tinha outros planos: o kicker Dan Bailey errou o chute, obrigando os Vikings a anotarem mais um TD e, não, apenas um field goal para empatar a partida, com a diferença permanecendo na casa de quatro pontos.

Kyle Rudolph fazendo a recepção para anotar mais seis pontos — Foto: Minnesota Vikings

E chegávamos à reta final do embate. Com cinco minutos no cronômetro, tão logo Russel Wilson recebeu snap na linha de 43 jardas para abrir o drive, Seattle já se encontrava em uma 3rd & 19, seguindo jogadas completamente dominadas pela defesa de Minnesota. Pete Carrol pede, então, o último timeout para pensar em uma solução. Resultado: a equipe faz um passe em screen (quando a linha ofensiva permite a passagem do front seven, que parte para cima do QB, enquanto os homens de ataque protegem o recebedor), mas nada feito. Apesar da ótima ideia, 4ª para uma jarda e punt.

Não dava para dizer que era uma situação confortável, mas Minnesota tinha ainda a parada do two-minute warning e todos os três timeouts para parar o cronômetro. Mas ainda precisava do TD. Assim, na campanha decisiva, Kirk Cousins começa de novo com passe para Rudolph, um dos portos seguros do QB na temporada, que consegue o first down logo de cara. Deve-se destacar o barulho ensurdecedor que os torcedores dos Hawks faziam no CenturyLink Field. E eles surtiram efeito: Minnesota arriscou uma quarta descida curta e acabou sofrendo um turnover on downs no campo de defesa. Agora era Seattle quem tinha a faca e o queijo na mão, com a posse na linha de 42 jardas do campo de ataque.

Kirk Cousins com a bola durante Monday Night Football em Seattle — Foto: NFL

Por ora, os Vikings conseguiram forçar uma 3ª descida com 2m17s no relógio, depois de gastar dois timeouts. E, na hora em que os donos da casa mais precisavam, Chris Carson conseguiu a conversão até a linha de 22 jardas, enquanto íamos para o alerta de dois minutos para o fim. Agora, era só forçar Minnesota a gastar o último tempo e garantir mais um first down. No entanto, os Vikings conseguem forçar uma 3rd & 7, levam para a quarta descida e recuperam a posse com 21 segundos no cronômetro, depois de Jason Myers acertar field goal de 36 jardas. Para os visitantes, no entanto, o cenário pouco mudava: agora com sete pontos de desvantagem, o objetivo seguia sendo o TD.

Apesar disso, no kickoff decisivo, CJ Ham acabou soltando o presunto (peço perdão pelo trocadilho) ao tentar fazer a recepção. Minnesota sequer teve uma última chance. Era o turnover da vitória para os Hawks, que venceram o jogo eletrizante por 30 a 27.

Estatísticas

Agora, os destaques após o final do jogo:

Estatísticas individuais da partida — Foto: Zona Mista

Números das ofensivas:

E agora?

Com o resultado, Seattle recupera a lidearança da NFC Oeste, chegando à 10ª vitória na temporada e empatando com San Francisco na tabela, mas levando a vantagem pelo critério de desempate, o confronto direto. Enquanto isso, os Vikings continuam com a vaga de Wild Card, em 2º lugar na NFC North.

Kirk Cousins no "pocket" durante jogo contra Seattle — Foto: Travis Ellison/Minnesota Vikings

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