Quarterback foi anunciado na noite deste domingo (22) e retorna pela segunda vez à Foxborough
Por Valentin Furlan — São Paulo
22/03/2020
O New England Patriots anunciou, ao anoitecer deste domingo de quarentena, a recontratação de Brian Hoyers, quarterback que desembarca em Boston pela terceira vez em sua carreira.
"O quê!?", deve ter sido a reação da torcida patriota quando foi notificada da aquisição. Mas nem tudo vai tão mal assim em New England. Em três tópicos, tentarei convencê-lo do por quê dessa ter sido uma boa movimentação.
Dinheiro
Esse é o tópico-base. Os Patriots amanheceram com 2,5 mi de dólares livres (cerca de R$ 12 mi) no salary cap. Sabe o que isso significa? Praticamente nada. Pois é, significa que os Pats não têm quase nada de dinheiro. Tendo isso em vista, não há como contratar um quarterback com esse valor. A franquia precisa de espaço no teto para repor as saídas de Danny Shelton (C) e Kyle van Noy (LB) e para trocar nomes para o pass-rush, uma das principais carências durante a eliminação precoce na última temporada, contra os Titans, em Foxborough.
Experiência
Bagagem. Eis aí, senhoras e senhores, algo que os atuais signal callers de New England, Jarret Stidham e Cody Kessler, ainda não têm. Para se ter uma ideia, juntos os dois não chegam a 400 passes completos na carreira. Aí, então, entra nosso novo contratado. Hoyer já tem quase 1.500 passes, mesmo sendo reserva em grande parte da carreira, e foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento de Tom Brady, sobretudo durante treinamentos e estudos pré e pós-jogos. Pode nem entrar em campo, é verdade, mas será muito importante fora dele, seja com a boa visão da posição, seja com conselhos mais técnicos. Apesar dos rumores da vinda de Cam Newton, tudo indica que Stidham pode assumir a titularidade e, consequentemente, o posto que até então era de Tom Brady. Fazê-lo sem o devido auxílio não parece uma boa ideia. Aliás, esse é o próximo tópico...
Desenvolvimento de Stidham
Jarret tem sido muito cobrado pelo erro cometido logo na sua primeira campanha da carreira na NFL, na semana 3, contra os Jets, da última temporada, quando errou passe e acabou sofrendo uma pick-six (interceptação retornada para touchdown). É claro que foi um erro, diria, no mínimo grotesco, de iniciante, mas interceptações vão acontecer. Aconteceu no último snap de Tom Brady em Foxborough. Isso não pode apagar a boa leitura que o QB faz, o bom processamento pré-snap e nem a boa pré-temporada que ele teve em 2019. Além do mais, sendo o principal da posição e com as atenções da comissão voltadas a ele, somadas aos conselhos e ensinamentos de Hoyer, entendo que vale a aposta. Obviamente, como a maioria dos novatos, é normal que se tenha um maior tempo para o release e que esteja sujeito a sacks e fumbles , mas ainda vale destacar que a classe de wide receivers é melhor neste ano e pode ser a posição recrutada na primeira rodada do Draft, aumentando a qualidade dos jogadores ao seu redor e possivelmente suas apresentações.
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