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Perda de receitas de transmissão dos clubes ingleses pode chegar a R$ 2,4 bi

  • "Mesmo que a temporada seja retomada e finalizada, o produto a ser entregue não cumprirá o prazo como antes acordado"

  • "As emissoras não podem pagar por 'um produto não recebido'"


Clubes ingleses devem sofrer por falta de direitos de transmissão, caso a Premier League seja encerrada — Foto: Getty Images

Os resultados financeiros da pandemia de Covid-19 passam, neste princípio de retomada das atividades normais no futebol inglês, a assombrar ainda mais a balança monetária dos clubes da Inglaterra. Além de já imaginarmos o abalo causado pela falta da renda decorrente da ausência de partidas oficiais, soma-se, segundo o jornal britânico The Guardian, à perda da receita relativa a transmissões.


Os clubes devem ter déficit de até 350 mi de libras (mais de R$ 2,4 bi). Por que isso aconteceria? Ora, levando em conta os meios de comunicação de massa, como televisão e rádio, o cumprimento de cronogramas, datas e horários é muito importante. E, mesmo que a temporada seja retomada e finalizada, o produto a ser entregue não cumprirá o prazo como antes acordado.

Premier League ainda não tem data certa para retorno — Foto: Alastair Grant/AP

Entre a liga e os 20 clubes, foi discutido, em teleconferência da última segunda-feira (11), o motivo dos esforços para completar a temporada. Um dos argumentos por parte dos times foi a necessidade em evitar a perda potencial de 762 mi de libras em dinheiro proveniente de transmissões. Mesmo que esse decréscimo financeiro acontecesse apenas devido ao cancelamento definitivo da Premier League, os clubes agora sabem que haveria mais perdas significativa, independentemente do que façam. Cientes de que os torcedores não poderão comparecer aos estádios para acompanhar os jogos, clubes e emissoras buscam um acordo para maximizar o alcance e a visibilidade dos 92 jogos restantes. Estima-se espalhar os jogos por dois meios e sete finais de semana, objetivando que todos sejam transmitidos ao vivo pela Sky, BT Sports e Amazon, embora isso seja difícil. Ainda, é possível que um pequeno número deles possa ser transmitido por canais gratuitos, como o YouTube. Está claro que a ideia dos clubes é evitar prejuízos ao máximo, já que a quantidade de dinheiro que entra nos cofres já não é mais suficiente para cobrir o que tem que sair como antes. As emissoras, entretanto, não podem ser consideradas tão flexíveis. Pode-se providenciar uma rasa analogia: você, indo a um supermercado, faz as compras e contrata o serviço de entrega oferecido pelo mesmo, pagando os valores conforme acordado. Ao chegar o horário previsto para a entrega, você percebe que não recebeu o produto pelo qual pagou. Você, provavelmente, iria requerer seu dinheiro de volta, sem intenção em saber se estamos vivendo uma pandemia ou não. Você não pode pagar por um produto não recebido.

De maneira básica, os dois lados visam a preservação de seus cofres. As emissoras deveriam ser mais flexíveis quanto ao contrato ou as penalidades a serem pagas pelos clubes estão sendo devidamente exigidas?

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