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Nomes para ficar de olho, times que podem fazer barulho e mais: Guia completo para a free agency 📖


Início da free agency se dá nesta quarta-feira (17) — Foto: Zona Mista

Nomes para ficar de olho, times que podem fazer barulho e mais: Guia completo para a free agency 📖


Publicado em 15/03/2021, às 16h45

Por Valentin Furlan, editor-chefe

 

Feliz ano novo, torcedor! Pois é, por mais estranho que pareça, entramos na semana que marca o início do calendário oficial da temporada 2021 da NFL. E o primeiro (e grande) compromisso tem data marcada para esta já nesta quarta-feira (17): o início da free agency.


Diferentemente do que ocorre no futebol, por exemplo, os contratos entre franquias e jogadores datam, no geral, a partir do momento em que este é assinado até o início de uma temporada qualquer. Por exemplo, Cam Newton, que renovará contrato com o New England Patriots por mais uma temporada, conforme primeiramente noticiado pelo Zona Mista, teria contrato se encerrando nesta quarta-feira, assim como grande número de jogadores. Ou seja, a semana não marca apenas o início de um período de muitas trocas e, posteriormente, do Draft, mas de grandes jogadores ficando livres no mercado e, portanto, aptos a assinarem por qualquer equipe. Incluindo a sua.


Contudo, há de se lembrar de uma gigante mudança para esta temporada: o teto salarial. Como você já deve saber (ou entenderá agora), as franquias não podem simplesmente sair gastando todo o dinheiro disponível nos cofres para assinarem contratos - há um máximo estipulado pela liga para tanto. Neste ano, o salary cap ficou determinado em 182,5 milhões de dólares, 16 milhões a menos do que em 2020. Desta forma, existem times que irão perder jogadores importantes, mas não têm o espaço necessário para recontratá-los, já que podem pedir valores maiores. Em resumo: tem gente desesperada procurando maneiras de liberar espaço no teto. E uma das saídas é reformular o elenco.



Quanto a diminuição do teto influencia no planejamento das equipes?

 

Antes de qualquer coisa é preciso entender o porquê da redução. E é bem simples: Covid-19. Não tivemos público em grande parte dos jogos, a pré-temporada foi cancelada e houve mais gastos na elaboração de melhorias propostas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a prevenção contra a doença. Mesmo assim, o maldito vírus não abalou as estruturas financeiras das franquias, mas causou perdas. E perder dinheiro não é legal. Desta forma, economizar foi algo bem-visto pela liga - e franquias -, que resolveu agir.


Contudo, vale lembrar que ninguém se planejou a longo prazo para a instauração do vírus. Em contramão, o beisebol, por exemplo, com o Texas Rangers será o primeiro time profissional americano a contar com 100% da capacidade de seu estádio completa por público em um compromisso oficial. Assim, o horizonte para as grandes ligas esportivas estadunidenses não deve passar tão longe disso, ou seja, parte das verbas devem ser recuperadas.


Além do possível retorno do público, as verbas destinadas pela televisão também devem aumentar, uma vez que se tornou o único meio de acesso aos jogos durante a pandemia. Portanto, apesar de redução para 2021, a temporada próxima tem um prognóstico melhor: um salary cap até maior do que de 2020.


Resumindo, os times não precisam em um primeiro momento alterar planos ou contratos que ainda vigorassem por mais temporadas, já que o empecilho é visto como algo a curto-prazo apenas. Por outro lado, contratos mais extensos devem ser evitados, já que ainda se trata de uma época incerta rodeada de incertezas.

Mas, sim, é óbvio que aqueles gastando valores próximos ao antigo limite terão boas dores de cabeça para se reestruturar. Alguns exemplos... a seguir!



Quais as franquias com orçamento mais vasto?

 

O grande destaque não havia como não ser o New England Patriots. O time teve uma temporada extremamente irregular em 2020 e contou, além dos opt-outs pontuais em função da pandemia, com grande falta de experiência e armas mais técnicas ao redor de Cam Newton, que correu com a bola. Contudo, a grande fama de Bill Belichick em evitar um time mais experiente segue. Ou seja: deve vir troca por aí. Contudo, os holofotes se voltam para quem chega: Cam Newton renovou e será o quarterback, apesar de Mac Jones ser um dos alvos da equipe no próximo Draft, conforme rumores. O EDGE Tret Brown já é o primeiro reforço de peso. Não correspondeu em Las Vegas, mas foi bem em sua primeira passagem por Boston. Além disso, o time possui espaço no cap e terá que trabalhar para reconstruir um elenco que ficou marcado como discutivelmente o pior do século.


Tempos são outros em New England: hora da reconstrução — Foto: David Butler II / USA TODAY Sports

O Jacksonville Jaguars é outro que pode fazer estragos: é o time com maior espaço no teto e têm, hoje, os impiedosos poderes de inflacionar o mercado. E já o fizeram usando a franchise tag no offensive tackle Cam Robinson, que ainda não mostrou a que veio em Jacksonville.


Dolphins, Panthers, Washington, Colts e Bills também possuem espaço considerável. Contudo, os dois últimos, que fizeram temporada 2020 extremamente positiva, algum patamar abaixo dos primeiros - talvez uma grande contratação. Inclusive, Miami já foi lincado com o running back Aaron Jones, que teve contrato se encerrando com os Packers de Aaron Rodgers.



Quem chega mais 'pianinho'?

 

Encurtando, alguns dos potenciais favoritos ao Super Bowl estão nesta lista. Saints e Chiefs possuem pouco espaço no cap e partem para eventuais reconstruções - Kansas City já o fez, não renovando com Mitchell Schwartz e Eric Fisher, que ficaram devendo no Super Bowl LV.


Além deles, o Green Bay Packers também pode ser envolvido na conversa, ainda que em situação um pouco melhor. Junto, o zoológico: Eagles, Rams e Falcons. O último tendo problemas não só em relação ao teto, mas também com jogadores importantes tendo contratos se encerrando.


Mesmo assim, não se engane: o fato de alguns dos grandes time, atualmente, estarem enrolado com o cap não diminui as chances de grandes trocas, muito pelo contrário. As franquias deverão buscar algumas trades, a fim de darem continuidade à reformulação de elenco.



Nomes para ficar de olho

 

*Nota do editor: esta lista é incrivelmente limitada. Existem muitos outros nomes no mercado que poderiam ter ingressado. Além disso, os jogadores aqui listados não têm contratos se encerrando neste momento, mas agitam o mercado com possíveis trocas.



QB Deshaun Watson

 

Até mesmo antes da free agency, Watson esteve nos holofotes da liga por muito tempo. Muitos veículos de imprensa reportaram conversas iniciadas com New York Jets, Jacksonville Jaguars, New England Patriots e Denver Broncos, mas não foram para frente. Hoje, a poeira baixou, mas o desejo do QB em sair ainda aparenta ser o mesmo.


A perda de JJ Watt, que assinou com os Cardinals, foi um grande baque e talvez a gota d'água para Deshaun preferir uma mudança de ares. Contudo, o grande motivo se baseia na inconsistência da equipe. Os Texans perderam peças e não conseguiram arrumar o ataque após a perda de DeAndre Hopkins. Conforme disse o head coac David Culley no podcast Huddle & Flow, "hoje, Deshaun é o nosso quarterback titular". Mas o amanhã ninguém prevê.


Watson pode ter futuro longe do Texas — Foto: Carmen Mandato / Getty Images

QB Jimmy Garoppolo

 

Ainda sobre Deshaun, os 49ers parecem estar confiantes em Jimmy G., mas até uma melhor opção ficar disponível. Esta seria o atual starter de Houston. Não vai sair barato, mas envolver Garoppolo em uma eventual troca pode ajudar.


San Francisco ainda não tem quarterback definido para 2021 — Foto: Tony Avelar / Associated Press

QB Sam Darnold

 

Anos inconstantes em Nova Iorque dificultam recompensas maiores do que uma singela escolha de 3ª ou 4ª rodada para os Jets, caso exista o interesse em se livrar de Darnold. Além disso, as franquias interessadas não somam grande número, deflacionando os valores ainda mais. O foco é o Draft.



CB Richard Sherman

 

Sherman não teve uma temporada ruim, mas passou longe de ser ponto trivial como em 2019 ou ainda nos tempos de legion of boom em Seattle. Pode tentar acertar ida para algum mercado mais recheado, como Nova Iorque, e provar que o desempenho mais abaixo na temporada passada foi um ponto fora da curva.


Desta forma, os Jets parecem ser um destino provável, já que San Francisco pode investir em cornerbacks até tão experientes quanto Sherman, mas com idade menos avançada.



WR Odell Beckham Jr.

 

ainda com 28 anos, é difícil encontrar alguém que dissesse, fosse general manager de Cleveland, concordar com a liberação do recebedor. Atualmente, seu contrato confirma 45 milhões de dólares, com duração de mais três anos. Nem tanto, nem pouco: um valor justo para um atleta de tamanha qualidade.


O problema é ter o valor no cap.


Odell, durante partida pelo Cleveland Browns, em 2020 — Foto: Nick Wass / Associated Press

CB Stephon Gilmore

 

Quem conhece o trabalho de Bill Belichick sabe que não deve haver renovação com Gilmore. A tendência do head coach - e general manager - dos Patriots é de sempre evitar ao máximo envelhecer a equipe. E a ascensão de JC Jackson na temporada passada acabou ofuscando ainda mais Stephon, que teve ano extremamente irregular.


Mas é indiscutível que o roster dos Pats é melhor com ele. Será uma quebra-de-braço extremamente interessante de se ver.


Mas aposto em uma trade.



WR Michael Thomas

 

Os Saints estão extremamente enrolados com o teto e devem fazer cortes. Um deles já veio: liberaram Emmanuel Sanders do contrato. Outro que faria sentido seria Thomas, que acertou contrato de 5 anos, em 2019, um contrato de 'apenas' 100 milhões de dólares. Mas, como você deve imaginar, o problema seria alguém arcar com a bomba.



TE Zach Ertz

 

O insider da NFL Network Michael Silver reportou um grande número de franquias interessadas em trocar por Ertz discando o '0800 Philly'. O problema é o salário. Ele possui um contrato de 8,25 milhões de dólares com os Eagles e mal deve chegar à free agency se for liberado. Mesmo assim, na pior das hipóteses, não se pode descartar nada.



QB Teddy Bridgewater

 

Os Panthers nunca esconderam que desejam ainda buscar o seu franchise quarterback. Mas Bridgewater vem de bom ano e, por vínculo, ainda possui muito dinheiro garantido a chegar na sua conta. Carolina vai ter que decidir.


Bridgewater antes de anunciar call,, em partida da temporada passada — Foto: Grant Halverson / Getty Images

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