O primeiro GP de Mônaco aconteceu ainda na primeira temporada da Fórmula 1, em 1950, mas só retornou ao calendário do mundial em 1955 e não saiu até 2020, quando foi cancelado ante os efeitos da pandemia. Entre as pistas que permanecem recebendo etapas, apenas Monza, na Itália, sediou mais provas que Mônaco. E, neste domingo (23), tivemos mais a 5ª etapa do Mundial de Fórmula 1 2021 no circuito mais tradicional da história. O grande vencedor foi o holandês Max Verstappen, que fazendo uma corrida limpa do início ao fim e aproveitando muito bem a ausência de Charles Leclerc na pole (mais informações abaixo). Lewis Hamilton, que terminou em 7°, ficou com a volta mais veloz. Carlos Sainz e Lando Norris completaram a festa do pódio.
Pilotar um carro de Fórmula 1 em Mônaco é uma experiência única. A pista é muito estreita e extremamente desafiadora. O piloto precisa ser também extremamente veloz no seu raciocínio, pois não há espaço para erros. Caso não se faça a coisa perfeita, o choque nos guard rails são inevitáveis. Nenhum outro circuito de rua é tão perigoso e de ultrapassagens seguras quase impossíveis. Para assegurar os carros na pista, as equipes optam por níveis de pressão aerodinâmica no grau máximo, tornando tudo muito mais desafiador.
Deu ruim!
Após marcar a volta que lhe garantiu a pole position no Treino Classificatório deste sábado (22), Charles Leclerc fazia uma nova tentativa para melhorar seu tempo, quando perdeu o controle da sua Ferrari na entrada da segunda chicane da piscina, atingindo o guard rail, quebrando a suspensão dianteira esquerda e causando uma bandeira vermelha. Era o final do treino para todos e a garantia da pole para o monegasco, em casa.
Ocorre que, com uma colisão lateral, a Ferrari precisava decidir se substituiria a caixa de câmbio do carro de Charles, o que eventualmente lhe imputaria uma punição de cinco posições no grid. A equipe optou por não realizar a troca e, minutos antes da largada, quando Leclerc se dirigia para alinhar seu carro no grid, a caixa de câmbio deu sinais de problemas e o deixou a pé. Foi o final de um sonho que tinha tudo para ser mágico para Leclerc e a Ferrari, que passou a depositar todas as ambições em Sainz, que, agora, largaria em 3°.
A corrida
Dada a largada, Max Verstappen manteve a ponta. O holandês foi agressivo e espremeu Bottas que, para evitar um toque, preferiu uma tomada mais conservadora. Desse modo, as primeiras posições foram mantidas. Era esperar o desenrolar da prova, pois, em um primeiro momento, não havia previsão de muitas ultrapassagens em pista.
Após 14 voltas as posições seguiam inalteradas, com a liderança de Verstappen, seguido por Bottas, Sainz, Nortis, Gasly, Hamilton, Vettel, Perez, Giovinazzi e Ocon. Em 11º, Lance Stroll, seguido por Raikkonen, Ricciardo, Alonso, Russell, Latifi, Tsunoda, Schumacher e Mazepin.
A esperança para alguma ultrapassagem seria a janela de troca de pneus, prevista para acontecer entre as voltas 19 e 24. Uma boa parada, aliada ao retorno à pista sem a proximidade com retardatários, poderia proporcionar ao piloto o ganho de uma ou duas posições.
Mas a previsão da Pirelli não se concretizou. Com a pista mais emborrachada, as paradas iniciaram na 30ª volta e quem se deu muito bem foi Vettel, que, antes de sua parada, estava em 7º, atrás de Hamilton, e, quando voltou à pista, ganhou as posições do heptacampeão e de Pierre Gasly. Mas quem deu o pulo do gato foi o mexicano Sergio Pérez, ganhando três posições em sua parada, deixando para trás Vettel, Gasly e Hamilton. Uma excelente estratégia da Red Bull e um bom trabalho de Pérez.
Após 54 voltas completadas, as posições na pista permaneciam inalteradas e Max Verstappen seguia tranquilo para a vitória, sem ser ameaçado por Carlos Sainz e Lando Norris. Sergio Pérez seguia em 4º, seguido de um excelente Vettel, na 5ª posição. Gasly vinha em 6º, com Hamilton em 7º. Stroll também fazia uma ótima prova, em 8º, com Ocon em 9º e Giovinazzi em 10º. No segundo pelotão, os vencedores de GPs Raikkonen, Ricciardo e Alonso seguiam em suas posições, sem a menor previsão de mudanças. Enquanto isso, Tsunoda mantinha-se em um decepcionante 14º lugar, acompanhado por Russell, Latifi, Mazepin e Schumacher.
Com 70 voltas completadas, Pérez tirou a diferença que o separava de Norris. Entretanto, a máxima 'chegar é uma coisa e passar é outra' marcava presença e a única chance de a ultrapassagem acontecer seria em um eventual erro do britânico ou um problema mecânico. Enquanto isso, Hamilton, que largou da 7ª posição, foi aos boxes para realizar a troca por por pneus macios e tentar garantir o ponto extra da melhor volta, o que o deixaria atrás de Verstappen em apenas 4 pontos, na classificação do campeonato de pilotos. Momento muito importante para o desenrolar do Mundial.
E, assim, Max Verstappen levou sua Red Bull ao primeiro lugar. Um excelente resultado, que coroa um trabalho bem realizado pela equipe e seu principal piloto. Carlos Sainz foi o 2º, Lando Norris, o 3º. Sergio Pérez fez uma grande prova e cruzou a linha de chegada em 4º, seguido de Vettel, em uma excelente 5ª posição. Gasly foi o 6º e Hamilton, que garantiu o ponto extra pela melhor volta, foi o 7º, seguido de Stroll, Ocon e Giovinazzi.
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