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Hamilton dá show, Ricciardo vai para o pódio e Mercedes é campeã: tudo sobre o GP da Emilia Romagna

  • Inglês teve início conturbado, mas teve sorte e competência para vencer

  • Verstappen teve pneu furado e não terminou a prova


Por Saulo Bastos — Ímola, Itália


Bottas e Hamilton se abraçam, após a chegada — Foto: Mercedes-AMG F1

Neste domingo (01), aconteceu o Grande Prêmio da Emilia Romagna, 13ª etapa do Mundial de Fórmula 1 2020. Foi o terceiro GP realizado neste ano na Itália - os outros dois foram em Monza e Mugelo. A corrida marcou o retorno de Ímola (Autódromo Enzo e Dino Ferrari) após 14 anos longe da categoria. A última vez que o circuito recebeu a Fórmula 1 foi em 2006, quando o GP recebia o nome de San Marino.


Era imprevisível saber como seriam as estratégias das equipes, uma vez que tivemos apenas um único treino livre para aclimatação da pista e definição de táticas.



LARGADA


Valtteri Bottas (Mercedes), que iniciou na pole-position, manteve a liderança. Max Verstappen (Red Bull) foi mais eficiente e superou Lewis Hamilton (Mercedes), tomando a vice-colocação. Daniel Ricciardo (Renaut) ultrapassou Pierre Gasly (AlphaTauri) e assumiu o quarto lugar. Charles Leclerc (Ferrari) também largou bem e ultrapassou Alexander Albon (Red Bull). Kvyat (AlphaTauri) manteve a oitava posição seguido pelas McLaren de Lando Norris e Carlos Sainz.


Carlos Sainz, durante o GP da Emilia Romagna — Foto: McLaren F1 team

Lance Stroll, em uma tentativa de superar Ocon (Renaut), acabou tendo a asa dianteira de sua Racing Point danificada, sendo obrigado a realizar prematuramente a primeira parada nos boxes. Outro destaque importante no pelotão intermediário foi Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo), que largou muito bem, ganhando seis posições e assumindo a 14° lugar.



CORRIDA


Lewis Hamilton ensaiou uma caçada aos ponteiros Bottas e Verstappen e foi marcando as melhores voltas. Lembrando que os pilotos largaram com pneus de duração média e o consumo desses aliado à estratégia dos pit stops poderiam ser fatores determinantes para o resultado da corrida.


Na 9ª volta, Pierre Gasly levou sua AlphaTauri aos boxes. Era fim de prova para o piloto francês, que durante a semana teve anunciada sua renovação de contrato com a equipe e homenageava o saudoso Ayrton Senna, utilizando um capacete com uma pintura semelhante ao do piloto brasileiro.


A partir da 13ª volta os pilotos que largaram utilizando compostos macio foram aos boxes e iniciaram as trocas pelos duros. Eram apostas em realizar apenas uma única parada e ir até o final da prova.


Na volta 19, Max Verstappen foi o primeiro dos ponteiros a fazer sua parada, substituindo os pneus médios pelos de maior duração. logo em seguida, Bottas optou pela mesma escolha do piloto da RBR, permitindo com que Hamilton, que ainda não havia parado, assumisse a primeira posição da prova.


O inglês permaneceu na pista e iniciou uma sequência de voltas mais rápidas, a fim de ganhar tempo para ir ao pit stop e ainda voltasse na ponta. E deu certo! Quando já acumulava uma confortável vantagem, a Renault de Ocon provocou um meteórico Carro de Segurança Virtual, o suficiente para que Hamilton realizasse sua parada nos boxes e retornasse em primeiro, com uma vantagem real de cinco segundos sobre Bottas.


Com 39 voltas completadas, a classificação da prova era: Lewis Hamilton em primeiro, Valtteri Bottas, Max Verstappen, Sabastian Vettel, Kimi Raikkonen - esses últimos com os mesmos compostos da largada -, seguidos de Sergio Pérez, Daniel Ricciardo, Charles Leclerc, Alexander Albon e Daniil Kvyat.


Na volta 41, quando Vettel realizou sua única parada, a Ferrari teve sérios problemas durante a troca de pneus, fazendo com que o tetracampeão só retornasse na 14ª posição. Mais um fato ruim para a já desgastada relação entre piloto e equipe.


Max Verstappen se aproximava demais de Bottas, estando inclusive dentro da zona de acionamento do DRS, quando então, no final da volta 42, o finlandês errou e permitiu que o jovem holandês assumisse a segunda posição da prova.


Quando estava em quarto lugar, Kimi Raikkonen realizou sua parada e retornou em 12º, substituindo os pneus médios pelos macios. Naquele momento, o finlandês tinha chances de lutar por melhores posições, já que os pilotos que vinham à sua frente utilizavam pneus mais desgastados.



FIM DE PROVA MALUCO


A prova se encaminhava para o final, quando então o pneu traseiro direito de Verstappen estourou, fazendo com que o carro do piloto ficasse em uma posição perigosa na pista e forçando a entrada do Safety Car. Era fim de prova pra o holandês. Assim, alguns pilotos aproveitaram para trocar mais uma vez os pneus, com todos optando pelos compostos de faixa vermelha, macios. Era a promessa de um final de prova eletrizante, mas não para George Russell, que perdeu o controle de sua Williams quando estava logo atrás do carro de segurança, vindo a chocar-se com o muro.


Verstappen nos boxes, depois de abandonar a prova — Foto: Aston Martín Red Bull Racing

Dada a relargada, Hamilton manteve a ponta, seguido por Bottas. Ricciardo era atacado por Leclerc na luta pela terceira posição, mas Kvyat logo conseguiu superar o monegasco e passava a incomodar Ricciardo. Pérez também superou Albon, que rodou e caiu pra ultima posição. No momento do incidente foi possível observar que o pneu traseiro esquerdo do tailandês estava furado e por muito pouco não atingiu a McLaren de Carlos Sainz.


A 3 voltas do final, Kvyat atacava Ricciardo na disputa pelo pódio. Leclerc se defendia de Pérez e as McLaren vinham no sétimo e oitavo lugares, com Sainz e Norris, respectivamente. De contratos renovados com a Alfa, Raikkonen e Giovinazzi fechavam a zona de pontuação.


As posições permaneceram inalteradas e Lewis Hamilton cruzou a linha de chegada em primeiro, garantindo sua 93ª vitória, seguido por Valtteri Bottas e Daniel Ricciardo. Seguindo: Kvyat, Leclerc, Pérez, Sainz, Norris e, merecidamente, Raikkonen e Giovinazzi, como os nono e décimo colocados. Os resultados deram, também, o prêmio do campeonato de construtores à Mercedes, que não pode mais ser alcançada pela Red Bull.



LEWIS CERTEIRO NO GERENCIAMENTO DE PNEUS E RICCIARDO EM MAIS UM PÓDIO


O inglês Lewis Hamilton teve frieza em pilotar economizando pneus para que no momento certo pudesse acelerar, fazendo voltas mais rápidas em sequência, acumulando diferença de tempo suficiente para realizar sua parada e retornar em primeiro. É fato que, ainda assim, foi beneficiado pelo Virtual Safety Car, mas segue mostrando porque é o número 1.


Destaque também para Ricciardo, que realiza suas últimas provas pela Renault - no ano que vem será piloto da McLaren -, aproveitando as oportunidades que lhe são dadas, chegando mais uma vez ao podium nessa temporada.



TROFÉUS DEDICADOS A SENNA


Os três primeiros colocados e a equipe vencedora do GP da Emilia Romagna, no circuito de Ímola, na Itália, receberam um troféu especial, que tem o formato do traçado da pista e um diamante incrustado na curva Tamburello com a mensagem "Dedicado a Ayrton". O diamante de 0.14 quilates simboliza o piloto, morto em acidente neste local da pista, no ano de 1994.



E AGORA?


Daqui a duas semanas, o circo da Fórmula 1 desembarca em Istambul, para o retorno ao GP da Turquia (longe desde 2011). As atividades serão iniciadas na sexta-feira (13), com os treinos livres 1 e 2. O ZonaMista.net, claro, fará a cobertura completa do fim de semana! Para ficar por dentro de todas as notícias durante a semana, fique ligado em nossas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.



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