Acompanhe aqui todas as informações para a nova temporada do campeonato inglês
Prepare o coração, ajuste o despertador, acenda as velas, comece as macumbas, torcedor: a Premier League está de volta! A maior e mais rica liga nacional do mundo, tem sua nova temporada se iniciando nesta sexta (09), às 16h, com Liverpool x Norwich, em Anfield. Há promessa de mais equilíbrio na briga pelo título, com os ingleses dominando o cenário europeu na última temporada, muita luta contra o rebaixamento, além, é claro, das novas (ou velhas) caras no campeonato. Clube a clube, analisamos e te disponibilizamos tudo, absolutamente tudo sobre os times, suas contratações e ambições para a temporada. Vamos juntos!
Antes de qualquer coisa, tivemos algumas mudanças para a nova temporada:
- Jogos à noite nos finais de semana (às 20h45, em horário local);
- VAR;
- Arbitragem estrangeira (mais especificamente, Jarred Gillett, melhor árbitro da Oceania e Ásia).
Mais: a ESPN Brasil, até então detentora exclusiva dos direitos do campeonato no país, acertou venda de parte destes para a DAZN, que terá exclusividade em dois jogos por rodada, começando já neste final de semana com Burnley x Southampton, sábado (10), às 11h, e Newcastle x Arsenal, às 10h deste domingo (11).
Arsenal
Fundação: 1886;
Estádio: Emirates Stadium;
Técnico: Unay Emery;
Posição em 2018/19: 5º (21V, 7E, 10D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga por vaga na Champions League;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Champions League.
"Reconstrução". Essa é a palavra que resume o Arsenal, um clube em total reconstrução. Chegaram até a final da Europa League, de fato, mas não convenceram nem um pouco, ainda mais depois da goleada sofrida para o Chelsea, na final. Parecem ainda não terem se habituado ao novo momento após a saída de Arsène Wenger, o que é normal, mas a diretoria também não se ajuda, tendo em vista a última janela de transferências.
Veja, o time não encontra em caixa um orçamento tão espetacular e, mesmo assim, com todos os problemas defensivos que vêm se repetindo desde a "era Wenger", o time resolveu fazer a maior contratação da sua história ao trazer um ponta, Pépé, por cerca de R$ 340 mi. Ele tem tudo para brilhar com a camisa dos Gunners, é uma baita contratação, mas talvez não fosse o momento ideal para gastar tanto dinheiro num jogador de ataque. É bem verdade, por outro lado, que a saída de Alexis Sánchez gerou uma "praga" ao time londrino, que não conseguiu repor a saída do chileno. Além disso, trouxe, também, David Luiz, por R$ 38 mi, do rival de cidade, Arsenal, e Tierney, do Celtic, por R$ 120 mi. David é um jogador experiente e de qualidade inegável, entretanto, não deve ser aquele que melhorará claramente os péssimos números defensivos da equipe. Tierney, por outro lado, é uma promessa e ótimo jogador, mas também não é o tipo de contratação pontual. Analisando no geral, foram boas contratações, no entanto a defesa do Arsenal merecia mais. Iwobi deixou a equipe para se juntar ao Everton, talvez sem espaço após a chegada de Pépé.
O ponto forte do Arsenal é o meio para frente, ainda mais depois da chegada de Ceballos, que promete fazer a função antes exercida por Ramsay, que se juntou à Juve. Com velocidade e bons passes, o time tem tudo para fazer com que a bola chegue redondinha para Auba e Laca, matadores. A esperança maior é em relação à regularidade de Mesut Özil, que não tem feito ótimas temporadas, como esperado, e por muitas vezes tem ficado no banco e seu nome especulado em outras equipes.
Aston Villa
Fundação: 1874;
Estádio: Villa Park;
Técnico: Dean Smith;
Posição em 2018/19: 5º (20 V, 16 E, 10 D), ascendeu da EFL Championship;
Projeção:
- João Pedro Cruz: luta contra o rebaixamento;
- Valentin Furlan: luta contra o rebaixamento.
De volta à Premier League, o Aston Villa chega depois de conquistar a vaga através dos playoffs, sobre o Derby County, em Wembley. Foi uma temporada complicada, no entanto: quase ficou de fora disputa pela última vaga, após demissão do até então técnico Steve Bruce. Foi só com Dean Smith que o time emplacou vitórias e bons resultados e conseguiu a classificação à "pós-temporada".
O time não poupou caixa: foram 13 contratações e mais de R$ 700 mi em reforços. Apesar da estrela do time ser Jack Grealish, há muita expectativa sobre Trezeguet, ponta muito veloz, que, apesar de não ter vida fácil em relação à concorrência, possui chances de mudar a cara das partidas. Apesar disso tudo, os holofotes se voltam ao novo centroavante da equipe, Wesley, que deve substituir Abraham, hoje no Chelsea. Ele é a maior contratação da história do clube, chegando por aproximadamente R$ 104 mi. Além dele, Elmohamady também deve ter lugar cativo na equipe, após saída de Hutton.
Bournemouth
Fundação: 1890;
Estádio: Vitality Stadium;
Técnico: Eddie Howe;
Posição em 2018/19: 14º (13V, 6E, 19D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: meio de tabela;
- Valentin Furlan: meio de tabela.
Um time com um técnico com cada vez mais cara de Premier League: Eddie Howe completará 7 anos a frente da equipe homônima da cidade sede e já mostrou grande evolução desde sua chegada. O time teve ótimo começo na temporada passada e tem tudo para ao menos chegar perto de tal feito.
O clube não fez grandes contratações. Trouxe o volante Billing, antes do Huddersfield, por R$ 71 mi, alguém que já deve chegar com vaga no time titular e ter vaga cativa neste meio-campo, junto à Lerma. É um ótimo jogador, com muita qualidade em desarmes e, principalmente, na bola aérea.
É um time "chato": tem muita velocidade pelos lados, com Fraser e Brooks, pontaria e gols, com Wilson, e boa armação de jogada, com Joshua King. As expectativas não passam de um bom e velho "meio de tabela" devido à qualidade das equipes maiores, mas não significa que o time não possa surpreender e conseguir bons resultados contra as mesmas. Muitas expectativas sobre o goleiro de 21 anos, Ramsdale, que chega da League One. O ex-jogador do Wimbledom tem tudo para se firmar na meta da equipe, é ótimo jogador, tem futuro. O Bournemouth não vem fraco para a nova temporada.
Brighton
Fundação: 1901;
Estádio: Falmer Stadium;
Técnico: Graham Potter;
Posição em 2018/19 : 17º (9V, 9E, 20D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: luta contra o rebaixamento;
- Valentin Furlan: luta contra o rebaixamento.
Pela terceira vez consecutiva na elite do futebol inglês, o Brighton chega após última temporada ruim e muito abaixo das expectativas do clube, que imaginava uma colocação mais ao meio da tabela. O problema era evidente, tinha sérias deficiências ofensivas. Para piorar, demitiu o técnico Chris Hughton ainda no meio da temporada.
Para evitar que os problemas se repitam, o Brighton chegou pesado ao mercado e fez as duas maiores contratações de sua história: o ponta Neal Maupay, por R$ 85 mi, e o zagueiro Adam Webster, que chegou por R$ 95 mi. Além destes, Aaron Mooy se juntou ao elenco, após temporadas no Huddersfield. O australiano chega também para melhorar os números no ataque e resolver os problemas de criação.
Apesar das boas chegadas, Graham Potter ainde se vê refém do atacante Glen Murray, quem ainda não tem um substituto à sua altura e será o centro das atenções da equipe. Não bastasse isso, o clube ainda perde Knockaert, emprestado ao Fulham. O Brighton se torna um time mais ofensivo com essas chegadas, mas não deve melhorar logo de cara, ainda mais depois da saída de Bruno, que se aposentou ao final da temporada passada. Não terá vida fácil nos primeiros meses e ainda tenta se recuperar dos sustos da season passada.
Burnley
Fundação: 1882;
Estádio: Turf Moor;
Técnico: Sean Dyche;
Posição em 2018/19: 15º (11V, 7E, 20D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: luta contra o rebaixamento;
- Valentin Furlan: luta contra o rebaixamento.
Um time que raramente deixa o bom e velho 4-4-2 na mão. Não teve boa temporada passada e correu sérios riscos de ser rebaixado. O time tem uma boa dupla de zaga, o problema foi sentido na parte ofensiva do campo. O pensamento da torcida e do técnico Sean Dyche é de evolução. A meta é correr menos riscos do que na temporada anterior e, para tanto, foi necessário ir ao mercado, mesmo sem tanta grana para investir.
Na inter-temporada, tivemos as boas chegadas do atacante Jay Rodriguez, por quase R$ 47 mi e do meio-campista Drinkwater, por empréstimo, junto ao Chelsea. Eles chegam para suprir alguns problemas na "meiuca" de criação e tentam fazer com que os ótimos centroavantes Barnes e Wood tenham chances de marcar gols. A promessa McNeil também segue com espaço nesta temporada e pode ser um ponto de desequilíbrio, pleos lados.
O time se reforça bem para a nova temporada, mas as coisas não mudam tão facilmente da água para o vinho: a expectativa é de mais uma temporada sem muitos almejos senão a permanência na elite.
Chelsea
Fundação: 1905;
Estádio: Stamford Bridge;
Técnico: Frank Lampard;
Posição em 2018/19: 3º (21V, 9E, 8D)
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga por vaga na Europa League;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Champions League.
Talvez a maior incógnita da temporada: o que esperar de Frank Lampard no comando dos Blues? Como jogador, não se faz por necessário qualquer tipo de apresentação, é ídolo e esse é um fator que pode mudar a sua relação com a torcida. Veja bem, há muita expectativa do torcedor, é de fato um cara vencedor e experiente, quase subiu com o Derby County, perdendo para o Aston Villa na final dos playoffs da EFL Championship, ou seja, já mostrou entender sobre a nova profissão, mas agora o peixe é maior e é sempre uma surpresa quando o pescador é novo, ainda nesta analogia.
Como punição por não respeitar regras de transferências, o clube foi punido até 2020 e não pôde fazer qualquer tipo de transação nesta janela, tirando a compra em definitivo de Kovačić, através de clásula contratual, antes emprestado. Com isso, o Chelsea se vê refém das jovens promessas Hudson-Odoi e Mason Mount para o resto do ano, ao menos. Não bastasse não poder contratar, o clube ainda perdeu Hazard, para o Real Madrid, e David Luiz, para o rival de cidade, Arsenal.
Em suma, o Chelsea é uma total dúvida para a temporada, a torcida deve ter paciência. O clube tentará tirar o máximo das joias e aproveitar a polivalência do elenco.
Crystal Palace
Fundação: 1905;
Estádio: Selhurst Park;
Técnico: Roy Hodgson;
Posição em 2018/19: 12° (14V, 7E, 17D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: meio de tabela;
- Valentin Furlan: meio de tabela.
"Será que agora vai?" deve pensar o torcedor dos Eagles por todas as vezes que olha ao atual elenco. Com várias chegadas, Roy Hodgson parece, finalmente, ter encontrado terra firme. Ele terá algumas boas peças para trabalhar durante a temporada e tem potencial para dar tranquilidade ao torcedor londrino.
As permanências de Zaha e Milivojević podem ser consideradas como reforços. O primeiro é o craque da equipe e foi muito especulado em grandes clubes, logo, a torcida tem muito o que comemorar. O segundo, por sua vez, é aquele cara que não aparece muito, mas que tem papel fundamental. Milivojević tem um toque de bola muito bom, além de qualidade nas finalizações. É o cão de guarda do time. Chegando, temos Cahill, ex-zagueiro do Chelsea, que fará dupla de zaga com Sakho e Camarasa, por empréstimo junto ao Real Bétis, que estava no Cardiff City. Sem Wan-Bissaka, Ward entra no time como substituto. Assim, o Crystal Palace não se reforça tanto, mas com algumas contratações pontuais que elevam sem dúvida alguma o nível da equipe.
Lutar para não cair pode deixar de ser a única e exclusiva meta do time, que pode chegar a pensar um pouco mais alto e incomodar as grandes equipes.
Everton
Fundação: 1878;
Estádio: Goodison Park;
Técnico: Marco Silva;
Posição em 2018/19: 8º (15V, 9E, 14D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga por vaga na Europa League;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Europa League.
Depois de temporada ruim, o Everton espera melhores resultados nesta em que entramos. O técnico Marco Silva, que chegou no meio do caos, ano passado, teve toda a pré-temporada para trabalhar e entender e organizar melhor algumas peças táticas da equipe.
De todas as idas e vindas, talvez as mais importantes sejam a saída do volante Gueye, para o Paris Saint-Germain, por R$ 140 mi, e as chegadas de Moise Kean, promessa da Juve que chega por R$ 140 mi, e Iwobi, custando R$ 180 mi, junto ao Arsenal. Com a saída do africano, o time perde o principal marcador do meio do time e pode demorar a achar o substituto ideal.
Kean e Iwobi dão mais velocidade e ritmo ao time que já era rápido, com Bernard e Richarlison. Com isso, Sigurðsson deve ser mais centralizado e ter mais oportunidades de passes em profundidade do que na temporada passada. Com extrema qualidade técnica, promete causar incômodo aos goleiros em cobranças de falta, lance em que os Toffes são fortes. O time ganha pontos com as contratações e deve incomodar ainda mais as grandes equipes, com foco total na vaga na Europa League.
Leicester
Fundação: 1884;
Estádio: King Power Stadium;
Técnico: Brendan Rodgers;
Posição em 2018/19: 9° (25V, 7E, 16D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: meio de tabela;
- Valentin Furlan: meio de tabela.
O Leicester tem sido aquele time a conseguir bons resultados contra os grandes ou, ao menos, incomodar os mesmos, mas tropeça contra os de menor expressão. Claude Puel foi demitido ainda durante a última temporada e teve cargo ganho por Brendan Rodgers, que teve tempo para se acostumar com o elenco e que terá bastantes peças para poder utilizar na temporada.
Antes de qualquer coisa, o time ficou com uma lacuna monstruosa no sistema defensivo, após a venda de Harry Maguire para o Manchester United, por R$ 380 mi, e, assim, se tornando o defensor mais caro da história. Apesar disso, o clube também conseguiu contratar Tielemans em definitivo junto ao Mônaco, acertou com Ayoze Pérez, até então no Newcastle e Denis Praet, do Sampdoria. Com isso, o time ganha poderio ofensivo, é verdade, mas não repôs a saída de Maguire, que provavelmente será substituído pela promessa Söyüncü, 23. Logo, não será surpresa alguma caso o time tenha problemas lá atrás, especialmente neste começo de temporada.
O ponto a ser discutido, além da zaga, também é a volância, com poucas peças disponíveis. Na frente, Vardy será o "homem-gol", novamente, da equipe e terá a responsabilidade de abrir e ampliar marcadores. Com a chegada já citada de Pérez, Tielemans e Madison, pode ter ainda mais chances do que na temporada passada. Cenas dos próximos capítulos.
Liverpool
Fundação: 1892;
Estádio: Anfield Road;
Técnico: Jürgen Klopp;
Posição em 2018/19: 2° (30V, 7E, 1D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga pelo título;
- Valentin Furlan: briga pelo título.
Pra quem achou que a temporada passada se resumia ao título inglês, o Liverpool acabou conquistando nada menos do que a UEFA Champions League e sagrou-se campeão europeu. Foi uma temporada inesquecível para Jürgen Klopp, que espera repetir o feito, além é claro, de brigar com o City pelos nacionais.
O time não perdeu e não renovou o elenco, no geral. Foram algumas pequenas contratações, exceto pelo novo goleiro reserva, Adrián, que estava sem clube, após a saída de Mignolet, para o Brugge. Danny Ings se juntou de vez ao Southampton, agora definitivamente, e Sturridge também não segue no clube.
Com um trio atacante espetacular, uma zaga fantástica e um dos melhores goleiros do mundo, Klopp fez com que o Liverpool voltasse às antigas glórias e deixasse de ser apenas o 6° time dos 6 grandes. Firmino, Mané e Salah devem assumir a responsabilidade e serão os encarregados dos gols. No meio, Fabinho, Henderson e Wijnaldum são os cães de guarda da equipe. Shaqiri pode ser uma ótima opção no banco, seja para entrar ou começar no meio, armando, seja pelas pontas, cortando para o meio e finalizando. Na zaga, Virgil van Dijk comanda a defesa dos Reds e, junto aos laterais em ascensão, Robertson e Alexander-Arnold, busca o título de melhor zagueiro do mundo.
Manchester City
Fundação: 1880;
Estádio: Etihad Stadium;
Técnico: Pep Guardiola;
Posição em 2018/19: 1º (32V, 2E, 4D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga pelo título;
- Valentin Furlan: briga pelo título.
O melhor time da Inglaterra. O senhor, a senhora até pode discordar, mas é o que os números e o histórico recente nos dizem. Foram 2 Premier Leagues, 2 Copas da Liga, 1 Copa da Inglaterra nas últimas duas temporadas, além de 2 Community Shields. E aí, City conquistará o tri-nacional?
É o que Pep Guardiola quer. Para tanto, sentindo necessidade de se reforçar para a temporada nova, trouxe Rodri, do Atlético de Madrid, por R$ 300 mi e Cancelo, em troca por Danilo, com a Juve, mais R$ 127 mi. Taticamente, são jogadores que na teoria, pelo menos, não entram para o time titular, no entanto, são peças que certamente serão utilizadas e terão grande importância para o time de Manchester, já que visam o famoso "quádruplo" (conquista da Premier League, UEFA Champions League, Copa da Liga e Copa da Inglaterra numa mesma temporada). Saindo, tivemos Delph, que se juntou ao Everton, Douglas Luíz, ex-joia do Vasco, que saiu sem nunca sequer ter vestido a camisa cityzen, por R$ 71 mi. A lista poderia ter sido maior se considerarmos que Leroy Sané foi altamente especulado no Bayern de Munique e, segundo informa a imprensa inglesa, a transação só não foi concluída devido à desistência do time alemão perante a nova lesão no joelho do mesmo. Pois é, Guardiola já começa a temporada com baixa.
Agüero comandará o ataque, com Sterling e Bernardo Silva pelos lados, com muita velocidade, como já é marca do time. A posse de bola também é muito valorizada, ainda mais em um meio-campo com Fernandinho, David Silva e De Bruyne.
Manchester United
Fundação: 1878;
Estádio: Old Trafford;
Técnico: Ole Gunnar Solskjær;
Posição em 2018/19: 6º (19V, 9E, 10D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga por vaga na Champions League;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Champions League.
O Manchester United não tem tido grandes temporadas há tempos e a expectativa era de que isso mudaria logo após a demissão de José Mourinho do comando técnico da equipe e a contratação de Ole Gunnar Solskjær para o cargo de treinador da equipe. Entretanto, o time perdeu o embalo inicial e acabou sendo eliminado da Champions e da FA Cup e terminando como o pior classificado dos grandes ingleses no nacional.
O time fez apenas três contratações, mas gastou mais de R$ 660 mi. Por que? Contratações pontuais. Chegaram Maguire, por R$ 380 mi, Wan-Bissaka, que custou R$ 213 mi, para, em tese, resolver os problemas defensivos da equipe, apesar deste último ser mais uma promessa do que uma solução à curto prazo, e Daniel James, ex-Swansea, por cerca de R$ 71 mi. Saindo, tivemos Lukaku, logo nas últimas horas antes de a janela de transferências fechar, por R$ 346 mi, para a Internazionale e Herrera e Valencia, sem contratos renovados.
Assim, o United segue longe de ser aquele time brilhante de tempos atrás e perde peças muito importantes nesta janela, apesar de claro reforço na defesa. No meio, o time ainda é refém de Pogba, muito especulado fora da Inglaterra, e McTominay e não tem muitas opções no banco para o setor. E, no ataque, o time fica sem aquele centroavante de referência e terá que se contentar com Rashford e Sánchez até janeiro, pelo menos. A saída de Lukaku é realmente um baque muito grande para a equipe, que, agora, terá que se aproveitar da juventude e da velocidade de seu elenco. O que fica de boa impressão é, como já dito, a evolução da zaga.
Newcastle
Fundação: 1892;
Estádio: Saint James' Park;
Técnico: Steve Bruce;
Posição em 2018/19: 13º (12V, 9E, 17D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: meio de tabela;
- Valentin Furlan: meio de tabela.
Haja saúde mental à torcida do Newcastle. Não bastasse o péssimo relacionamento com o dono do clube, estes ainda têm que aceitar a saída do técnico Rafa Benítez do comando técnico da equipe. Na última temporada, sofreu ameaças, mas no fim acabou sendo um final de temporada muito tranquilo. Com Steve Bruce, niguém sabe muito bem o que esperar do Newcastle.
O time perdeu peças importantes, com Ayoze Pérez, Diamé e Kenedy e tenta se reestruturar com peças novas. São elas: Joelinton, chegando por R$ 190 mi, Allan Saint-Maximin, custando R$ 75 mi, e Andy Carrol, após não renovar contrato com o West Ham. Estas são algumas contratações pontuais para as recentes perdas.
Joelinton tende a assumir a vaga na frente, foi a contratação mais cara da história do clube e terá que aprender a lidar com as altas expectativas investidas sobre ele. Junto à Almirón, craque do time, o brasileiro será o encarregado dos gols. Fora esta mudança, o time deve seguir no famoso 5-2-3 utilizado por Banítez até o fim da temporada passada, com Shelvey fazendo o papel de um segundo atacante, agora, e os dois atacantes já citados mais à frente. Lá atrás, sem mudanças. Ritchie e Maquillo devem seguir nas laterais, enquanto Dummet, Lasceles e Schär formam o trio zagueiro mais uma vez. A expectativa é de um meio de tabela, com alguma evolução sendo necessária em relação ao ano passaado, lembrando que seus concorrentes diretos tiveram boas janelas.
Norwich
Fundação: 1902;
Estádio: Carrow Road;
Técnico: Daniel Farke;
Posição em 2018/19: 1º (27V, 13E, 6D), ascendeu da EFL Championship;
Projeção:
- João Pedro Cruz: luta contra o rebaixamento;
- Valentin Furlan: meio de tabela.
O campeão da segundona chega à Premier League, após não sofrer muitos riscos no ano passado, seguiu na ponta da tabela por um bom tempo. No entanto, apenas ser campeão da Championship não basta no campeonato inglês: reforços são sempre necessários. E o time... pouco investiu!
Foram apenas R$ 3,5 mi em reforços. Na verdade, em "reforço": a única compra foi do lateral Sam Byran, junto ao West Ham. De resto, o clube poupou grana e emprestou alguns jogadores, como o goleiro Fährmann, chegando do Schalke 04. Só pra não dizer que estou mentindo, assinou também, em definitivo, com Josip Drmić, que estava sem contrato.
A base do time campeão se manteve e a equipe joga grandes esperanças nos pés de Pukki, atacante de 29 anos que recebeu o prêmio de melhor jogdor da segunda divisão, temporada passada. Além dele, o alemão Stiepermann também é peça importante no esquema de Farke, sendo o responsável pela armação de jogadas. O goleiro Krul também será muito requisitado na liga e este promete não ceder: é um baita goleiro e um dos comandantes da equipe. No papel, o Norwich segue o mesmo. Entretanto, este "mesmo" pode não ser o bastante. Analisando o elenco, o time se vê refém de muitos jogadores pontuais e estes, vezes fora, não serão substituídos à altura. O campeonato é longo, lesões são inevitáveis e há mais campeonatos a serem disputados. A expectativa não é lá muito surpreendente aos Canaries.
Sheffield United
Fundação: 1889;
Estádio: Bramall Lane;
Técnico: Chris Wilder;
Posição em 2018/19: 2° (26V, 11E, 9D), ascendeu da EFL Championship;
Projeção:
- João Pedro Cruz: luta contra o rebaixamento;
- Valentin Furlan: luta contra o rebaixamento.
Surpresas da segundona, o Sheffield volta às lutas de cachorro grande pela elite. O time foi a sensação da temporada passada e promete chegar com muita raça na primeira divisão inglesa, mesmo após longos dez anos fora desta. E como todo bom clube inglês (ou quase todos), idas ao mercado são sempre bem-vindas!
O time fechou novamente por empréstimo com o goleiro Dean Henderson, importante peça na última temporada, conseguindo nada menos do que 21 clean sheets! Além dele, o time conseguiu manter outras peças-chave da ascensão à primeirona e, consequentemente, a base da equipe se manteve intacta.
As fichas foram apostadas em Sharp, atacante de 33 anos com faro de artilheiro e instinto matador. Mais: a promessa Osborn é outro destaque da equipe, que não sonha muito alto. A permanência na Premier League se faz a principal meta da equipe de Sheffield. Evitar um desmanche é sempre o primeiro passo. Uma vez concluído, não se surpreenda com bons jogos do clube. No entanto, o time, tecnicamente, é de fato inferior aos padrões do campeonato, logo, a vida não será tão fácil assim.
Southampton
Fundação: 1885;
Estádio: Saint Mary's Stadium;
Técnico: Ralph Hasenhüttl;
Posição em 2018/19: 16º (9V, 12E 17D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: luta para não cair;
- Valentin Furlan: luta para não cair.
"Na lata". "No bico do corvo". Quase. Por um triz. Assim têm sido as últimas temporadas para o Southampton. Sempre lutando até o final, com esperanças e muita raça. Não havia dúvidas que o time precisava de reforços.
Só que não foi com tanta fome: o time acertou, agora em definitivo, com Danny Ings e fechou com Che Adams e Moussa Djenepo. Dentre essas, talvez a maior "contratação" tenha sido a manutenção da equipe da temporada passada. Se o seu time não tem caixa para maiores contratações, que mantenha-se a "espinha dorsal" da equipe, ao menos.
O time tem um bom padrão tático sobretudo depois da chegada de Hasenhüttl e tem jogadores muito técnicos, porém, essa mistura não estava resultando em bolo nestas últimas temporadas. Ward-Prowse, Højbjerg, Redmond, Ings: são todos jogadores de qualidade, mas não tão utilizados durante o comando de Mark Hughes, coisa que mudou com a chegada do atual técnico alemão. Com essa mudança, o time passou a somar mais pontos e conseguiu a permanência. Todavia, com os times se movimentando durante esta inter-temporada, os Saints largam um pouco mais atrás e por misso não devem almejar grandes coisas para esta season.
Tottenham
Fundação: 1882;
Estádio: New Tottenham Hotspurs' Stadium;
Técnico: Mauricio Pochettino;
Posição em 2018/19: 4º (23V, 2E, 13D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga pelo título;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Champions League.
Que temporada teve o Tottenham! Apesar de continuarem sem conquistar títulos, a cada campeonato é possível notar a grande evolução da equipe durante os anos de trabalho com Mauricio Pochettino. Alcançar a final da Champions é um feito para poucos, ainda mais se lembrarmos da campanha da equipe, eliminando grandes clubes, como o Manchester City. Além da competição continental, o clube teve ótima primeira parte de temporada, ainda que sem assustar muito os favoritos ao título, Liverpool e o próprio City, e termiando apenas na 4ª colocação, depois de vários deslizes na parte final da temporada.
Diferentemente do que estávamos acostumados, o time se movimentou bastante nesta janela de transferências. O time trouxe Ndombélé, pagando R$ 260 mi ao Lyon, a grande promeessa do Fulham, Sessegnon, por R$ 120 mi, e Lo Celso, por empréstimo, junto ao Bétis. Deixando o clube temos Trippier, que se juntou ao Atlético de Madrid e os atacantee Janssen e Llorente.
É um time muito equilibrado: tem um ótimo goleiro, boa dupla zagueira, meio-campo muito bom, pontas velozes e um atacante matador. Harry Kane é o cara da equipe que ainda conta
com Son, Eriksen, Alli, Alderweireld, Vertonghen e Lloris. Apesar de vários boatos sobre uma possível saída de Eriksen e chegada de Paulo Dybala, o meio-campo permanece inalterado, ainda que Lo Celso tenha chego. Tem tudo para ser mais uma ótima temporada do Tottenham e, quem sabe, buscando títulos, agora.
Watford
Fundação: 1881;
Estádio: Vicarage Road;
Técnico: Javi Gracia;
Posição em 2018/19: 11° (14V, 8E, 16D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: meio de tabela;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Europa League.
Outro time que tem se transformado cada vez mais em um clube de Premier League. O clube não vem correndo riscos de quedas e vem se estabelecendo cada vez mais no nacional. O hospital localizado próximo ao Vicarage Road tem ficado cada vez menos cheio, para a felicidade da torcida dos Hornets.
O clube investiu em Ismaïla Sarr. Pagando cerca de R$ 175 mi ao Rennes, o jovem de 21 anos chega com status de promessa ao novo clube inglês. Com isso, deverá ter tempo de jogo, mas não chega já de cara com vaga cativa no time de Marco Silva. Além dele, o clube também contratou a joia do Fluminense, João Pedro, por R$ 10 mi.
O time também conseguiu manter o elenco e não terá muitas mudanças para a temporada que se aproxima. Com isso, Deeney, Doucouré e Deulofeu são os destaques da equipe, que conta com um ótimo setor ofensivo e boa defesa. Com a chegada de Sarr, a concorrência pelos lados aumenta, mas não deve, como já dito, mudar muita coisa. O Watford já se contentou por tempo demais com o meio de tabela, é hora de buscar algo mais.
West Ham
Fundação: 1895;
Estádio: Estádio Olímpico de Londres;
Técnico: Manuel Pellegrini;
Posição em 2018/19: 10º (15V, 7E, 16D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga por vaga na Europa League;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Europa League.
Após última temporada bem abaixo do que era esperado, os Hammers iniciam nova caminhada no campeonato inglês visando um final mais feliz. Com um ano de trabalho, Manuel Pellegrini também já pode começara se sentir pressionado no cargo, caso não consiga fazer com que as engrenagens londrinas funcionem melhor do que recentemente têm feito.
Sem dúvida alguma, o time entendeu o recado: gastou R$ 341 mi nesta janela de transferências e trouxe Sébastien Haller e Pablo Fornals para, respectivamente, o lugar de Marko Arnautović e para ser o homem de criação de jogadas da equipe.
Felipe Anderson e Lanzini nas pontas, Wilshere e Haller centralizados, Haller na frente... Não é um time ruim, de modo algum! São jogadores tecnicamente muito bons que, com o dedo de Pallegrini, têm tudo para fazer o 4-3-3 do professor funcionar. No gol, Łukasz Fabiański também tem tudo para repetir os bons números da última season, qunado acabou salvando o time por muitas vezes. A equipe fica mais veloz com as chegadas citadas e a diretoria conseguiu, pelo menos no papel, fazer com que o nível do elenco se elevasse, em relação à temporada passada. Com isso, é aguardada também uma boa melhora, também em comparação ao último campeonato disputado.
Wolverhamtpon
Fundação: 1877;
Estádio: Molineux Stadium;
Técnico: Nuno Espírito Santo;
Posição em 2018/19: 7° (16V, 9E, 13D);
Projeção:
- João Pedro Cruz: briga por vaga na Europa League;
- Valentin Furlan: briga por vaga na Europa League.
Para o autor, a grande sensação da temporada passada na Premier League. Logo em seu primeiro ano após o acesso, um clube conquistar uma vaga na Europa League não é nem de longe algo normal. O time espera repetir os ótimos feitos do último campeonato e para tanto, o técnico Nuno Espírito Santo pode contar com novos (velhos) jogdores.
Para a festa da torcida dos Wolves, o time acertou a compra do maior destaque da equipe junto ao Benfica, por R$ 142 mi, antes emprestado, Raúl Jiménez. Além deste, a equipe também confirmou a permanência de Dendoncker, também antes por empréstimo, pagando aproximadamente R$ 57 mi. Mais: o clube acertou a compra de Cutrone, até então jogador do Milan, por R$ 75 mi. Do time titular, o equipe conseguiu manter toda a estrutura tática e praticamente não perdeu peças.
O grande destaque da equipe é Raúl Jiménez, como já dito. Foi grande responsável pela grande última temporada e promete, novamente, ajudar a equipe com muitos gols. O time vem muito forte pelo meio, com João Moutinho e Rúben Neves e pelas alas, com Diogo Jota e Doherty. O time se posta em uma espécie de 5-3-2, o que, na prática, acaba se tornando um 3-5-2 e que, em velocidade e boas condições físicas, pode favorecer a marcação alta e o poderio ofensivo. Com isso, não podemos esperar nada menos do que uma outra ótima temporada para o clube.
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