Por Redação – 03 de julho
Carlos Sainz enfim venceu um Grande Prêmio. Neste domingo (03), o espanhol foi o campeão do GP da Inglaterra, disputado em Silverstone, após corrida caótica, com direito a acidente memorável e bandeira vermelha. Sergio Pérez e Lewis Hamilton completaram o pódio, enquanto Charles Leclerc foi o 4° e Verstappen, com problemas no carro, o 7°.
Logo na largada, Verstappen assumiu o primeiro lugar de Sainz, que tinha conquistado sua primeira pole position da carreira. Porém, um acidente envolvendo Alexander Albon (Williams), Guanyu Zhou (Alfa Romeo), George Russell (Mercedes), Esteban Ocon (Alpine) e Yuki Tsunoda (Alpha Tauri), resultou em bandeira vermelha antes mesmo de completar a primeira volta.
Os demais pilotos foram para os boxes na espera da liberação de corrida, enquanto Zhou criou preocupação ao demorar para ser retirado do carro. Contudo, logo o chinês foi para o centro médico, seguindo momentos de tensão no circuito.
E o acidente foi feio: Pierre Gasly (Alpha Tauri) tocou em Russell, que se desequilibrou e tocou em Zhou, fazendo o mesmo capotar, passando até mesmo pela barreira de pneus, parando apenas na grade que separa a torcida da pista. Albon também foi para o centro médico. Os três abandonaram a prova.
Ainda, como a bandeira vermelha foi acionada antes da finalização da primeira volta, o regulamento prevê que os carros deveriam retornar às suas posições pós-treino classificatório para a relargada.
Luzes vermelhas mais uma vez apagadas, após mais de 50 minutos de pausa, Sainz conseguiu se manter em primeiro posto depois de outra bela disputa com Verstappen. Leclerc assumiu o terceiro lugar, com Pérez logo atrás. Na 10ª volta, Sainz saiu da pista e entregou a primeira posição para Verstappen. Porém, três voltas depois, Max teve problemas e foi para os boxes, devolvendo a liderança ao piloto da Ferrari e retornando ao asfalto na 6ª posição. O holandês chegou a dizer que o carro estava "100% quebrado" e realizou uma série de reclamações à RBR pelo rádio.
Na 20ª volta, Sainz realizou sua primeira troca de pneus, mas continuou entre os três primeiros, com Leclerc e Hamilton à frente. Lando Norris (McLaren) vinha em quarto lugar, seguido de Fernando Alonso (Alpine), Verstappen, Ocon e Valtteri Bottas (Alfa Romeo), mas que não demoraria a abandonar a prova, por problemas mecânicos. Pouco tempo depois, Leclerc foi ao pit lane.
Ainda sem se dirigir aos boxes, Hamilton se mantinha na ponta e via nos retrovisores uma boa batalha entre as duas Ferraris. No fim, melhor para Leclerc, que superou seu companheiro de equipe e assumiu o segundo posto. Finalmente, na volta 34, Hamilton faz sua parada, retornando à pista em 3° lugar.
E mais um momento definidor veio à cena: Ocon teve problemas no motor e causou a entrada do Safety Car ao asfalto. Todos os cinco primeiros colocados, com exceção de líder Leclerc, foram aos boxes para colocar compostos macios. E isso apimentou ainda mais as últimas voltas.
Na relargada, Sainz passou Leclerc sem maiores problemas, enquanto Sergio Pérez travava dura batalha contra Hamilton – melhor para o mexicano no fim. Dessa forma, Leclerc ficou sob ataque da RBR, que ainda via Hamilton com fome de pódio em seu GP caseiro.
Em disputa sensacional, o inglês chegou a ultrapassar os dois carros e assumir o segundo lugar provisório, mas foi contra-atacado, caindo de volta para a 4ª posição. As últimas cinco voltas foram inconstantes em relação às quatro primeiras posições: Sainz em primeiro, três segundos à frente, mas Pérez, Hamilton e Leclerc alternando colocações.
Por fim, Carlos Sainz recebeu a bandeira quadriculada, sua primeira na carreira, seguido por Pérez, eleito piloto do dia com 20% dos votos, e Hamilton. Leclerc, contrariado com a decisão da Ferrrari em não levá-lo aos boxes e que, portanto, finalizou a prova com pneus duros gastos, veio em 4°.
Completaram o grid: Alonso, Norris, Verstappen, Schumacher, Vettel, Magnussen, Lance Stroll (Aston Martin), Nicholas Latifi (Williams), Daniel Ricciardo (McLaren) e Tsunoda.
