Time atleticano recupera a 4ª posição e afunda rival na tabela
Primeiro Tempo
O Atlético pressionou muito a intermediária do adversário e não deixou que o Cruzeiro tivesse espaço para aproveitar a velocidade de Pedro Rocha e a inteligência do Thiago Neves. Com Jair fazendo mais uma bela partida e Réver e Igor Rabello seguros, o Galo teve uma consistência defensiva capaz de anular os ataques adversários, enquanto na frente o time soube explorar a qualidade de Cazares, Vinicius e Chará. Em um primeiro posicionamento, Rodrigo Santana fez uma linha de 3 meias com Vina pela direita, Cazares centralizado e Chará pela esquerda, esquema que facilitou a aproximação da dupla estrangeira pelo lado esquerdo do ataque, dando muito trabalho à Orejuela, lateral-direito do Cruzeiro, gerando um cartão amarelo ao jogador cruzeirense ainda cedo na partida. Com isso, as principais jogadas ofensivas foram por aquele lado. Em uma mudança tática já prevista por Santana, Vinicius trocou de posição com Cazares e em uma roubada de bola do equatoriano, saiu o primeiro gol do Galo na partida, aos 45'. Ele dividiu a bola e tocou para Ricardo Oliveira, que clareou para Vina carregar e chutar no cantinho do goleiro Fábio, sem chances para defesa.
Segundo tempo
O Cruzeiro voltou com mais posse bola, tentando encurralar o Atlético no campo defensivo, mas pouco criou. Ao longo do segundo tempo, o time atleticano foi retomando o controle do jogo e, mesmo sem ter a posse, passou a ameaçar nos contra-ataques. O Cruzeiro mexeu três vezes: saíram Ariel Cabral, Thiago Neves e Pedro Rocha e entraram Robinho — este, fisicamente ainda se recuperando de uma lesão na panturrilha, não entrou bem e colaborou para o segundo gol do Atlético —, David, que entrou mais pelo lado direito, mas não rendeu, e Sassá, que acertou uma bola na trave e foi, dos três, o mais participativo no jogo. Pelo lado do Galo, saíram Cazares, Ricardo Oliveira e Vinicius e entram Geuvânio, que participou muito nos primeiros minutos em campo, dando muito trabalho ao Egídio e acertando também uma bola na trave, mas, depois de alguns minutos estagnando, Papagaio, em uma troca de centroavantes, que se movimentou, porém, pouco produziu, e por último Nathan, que matou o jogo aos 46', em um contra-ataque iniciado por ele mesmo: abriu para o Patric na direita, que cruzou pra área e, contando com um desvio de Robinho, Nathan só teve o trabalho de escorar de cabeça e liquidar a partida.
Polêmica
Leandro Pedro Vuaden, árbitro do jogo, deixou de marcar dois pênaltis a favor do Atlético e não quis expulsar o meia Thiago Neves. Também, no primeiro tempo, em um lance dentro da área cruzeirense, Dedé da um tapa no rosto de Chará e, após cerca de 5 minutos de conversa com o VAR, Vuaden inventou uma falta de Réver em cima de Henrique em disputa pelo alto.
Já no segundo tempo, Thiago Neves, já amarelado simula um pênalti, sendo passível de cartão amarelo. Alegando impedimento, novamente Vuaden interfere e prejudica de forma errônea o Atlético. Segundo o comentarista de arbitragem do Grupo Globo, Márcio Rezende, independente do impedimento, a atitude antidesportiva do meia do Cruzeiro era para amarelo, sendo o seu segundo na partida e com isso sua expulsão. Em outro caso, novamente Dedé comete pênalti em que o árbitro gaúcho não quis marcar: em uma disputa na área, o zagueiro desvia a trajetória da bola com a mão e, após novamente conversar com o VAR por alguns longos minutos, marca apenas o escanteio a favor do time atleticano.
Em suma, o Atlético-MG foi o melhor da partida e com ajuda da arbitragem e um pouco de falta de pontaria do rival, o Cruzeiro saiu apenas com o revés de 2 a 0.
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