Sérvio levou por 2 sets a 0; acompanhe a análise pós-jogo

Partida estratégica de Djoko, mexeu com a confiança do grego e o fez errar em momentos cruciais da partida. Desta maneira, o sérvio, sete anos depois, volta a vencer em Dubai e se torna pentacampeão.
Quando essa final foi definida, o logico a se pensar era que seria um jogo bem parelho, não só pelo ranking dos dois tenistas mas por tudo o que ambos vinham fazendo dentro de quadra, além de terem uma característica em comum: o vigor com que jogam, como se entregam, como, literalmente, não existe ponto perdido.
Tsitsipas, durante todo o campeonato jogou de uma maneira agressiva, se impondo, subindo a rede e quando precisava doava tudo de si para não entregar pontos aos adversários. Novak, por sua vez, sempre buscou se impor e nunca se deu por vencido, surpreendendo os rivais com suas devoluções, muito constante durante toda a partida, enfim padrão dele.
O jogo resolveu nos mostrar que nada é tão logico dentro do esporte e acabou por contar uma história um pouco diferente do que era esperado.
Primeiro set
Nole começou sacando e, em um primeiro momento, pareceu que teríamos exatamente aquilo que o campeonato vendeu com a performance de ambos. O primeiro game foi pegado, Stefanos se defendeu bem e obrigou o adversário a jogar para trás no seu saque, entretanto, mutável como é, Djoko se adaptou ao incômodo e acabou por confirmar seu serviço.
O grego sacava muito bem, era bem agressivo, quase não cedia pontos ao adversário, mas o agora pentacampeão, percebeu que quando jogava com o segundo serviço, Tsitsipas não ia tão bem e ajustou a devolução para forçar Stefan. Pois bem, deu certo. O número 6 no ranking da ATP, acabou por ceder pontos e, quando não devia, cometeu também duplas falta. Dessa maneira, viu o sérvio quebrar seu saque e logo em seguida sacar para o set, fechando o mesmo em um 6-3 sonoro do número 1 do ranking.
Segundo set
O segundo set inicia e a perspectiva de volta do grego não aparecia, fazia o mesmo jogo, seguro, mas sem muito efeito sob o sérvio. Lá pelo quarto game, Tsitsipas recebe um warning por interferência do coach staff e, logo após, isso Djoko quebra seu serviço se aproveitando do baixo aproveitamento de segundo saque de seu adversário.
Após essa quebra, teríamos o momento em que todos pensaram “temos um jogo”: o grego arriscou mais, foi mais agressivo, devolveu a quebra logo em seguida e parecia ter encontrado uma maneira de jogar a final, certo? Errado.
Apesar de por um momento a confiança ter voltado ao número 6 do mundo e o mesmo ter sacado super bem, ele viu seu adversário não se abalar com isso e sacar perfeitamente e aí sim, tivemos um balanço no jogo mental, mas por parte do jogador mais jovial. Dessa maneira, em momento fundamental da partida, Djoko arranca a quebra de serviço de Tsitsipas após um game onde por mais uma vez o grego teve falhas em seu saque, cometendo novamente dupla falta em momento decisivo e dando a oportunidade de seu adversário sacar para fechar a partida.
O número 1 não vacilou e apesar de no segundo set parecer que teríamos um jogão, o sérvio se mostrou superior mais uma vez e se tornou pentacampeão em Dubai. Na entrevista pós-jogo, Novak disse que um de seus objetivos para a temporada é acabá-la imbatível. Será que ele consegue?
Comentários