Chase Carey, CEO da Fórmula 1: Honda saiu por questões econômicas
- Redação
- 6 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Carey: "[a saída] foi muito influenciada pelos desafios econômicos"
A fabricante não seguirá na categoria em 2021

Por ZonaMista.net — Em entrevista à Wall Street, o diretor executivo da Fórmula 1, Chase Carey, disse que a saída da Honda, até então produtora de motores para a Red Bull e AlphaTauri, da Fórmula 1 se deu por questões econômicas. A fabricante não seguirá na categoria em 2021, conforme anunciou semanas atrás.
"Eu acho duas coisas sobre a decisão da Honda", começou Carey. "A primeira é que, do meu ponto de vista, [a saída] foi muito influenciada pelos desafios econômicos da Honda, no geral", afirmou o CEO.
"A indústria automobilística no geral está tendo alguns desafios e eu acho que a Honda está claramente vivendo e tendo dificuldades com esses desafios. Então eu imagino que essa tenha sido a principal questão", concluiu. "Não há dúvidas de que há custos quanto ao motor de que devemos levar em conta, mas eu imagino que a Honda sentiu que essas pressões existissem hoje e tiveram que tomar uma decisão"
Apesar do fim do ciclo da Honda na categoria, Careu afirmou que os fabricantes de dentro e fora da categoria seguem "entusiasmados" pela 'iniciativa verde', incluindo os movimentos para o desenvolvimento de biocombustíveis e o fim das emissões de carbono até 2030. Vale lembrar que uma nova unidade de potência está sendo desenvolvida para 2026.
"Eu acho que, por um outro lado, na verdade estamos recebendo ainda mais apoio", disse. "E não apenas dos envolvidos com o esporte ou dos OEMs (Fabricantes de Produtos Originais, em tradução livre) dentro do esporte, mas também dos OEMs de fora. Eles estão incrivelmente entusiasmados com o nosso futuro sustentável, quando desenvolveremos motores de nova geração", afirmou Chase.
A Honda anunciou que não fará mais parte da Fórmula 1, a partir de outubro de 2021 e negocia com a Red Bull para que a própria construtora passe a produzir unidades de potência.
Quando confirmou sua retirada da categoria, a fabricante avisou que as decisões foram tomadas em favor da sustentabilidade e da redução da emissão de carbono.
Ótima matéria. Fomentar novas fontes de energia limpa e unidades de potencia sustentáveis deve ser o foco e a "tabua de salvação" pro futuro da F-1 !