Brasileiro lutou, chegou a arrancar um set de austríaco, mas deixou se levar pelo nervosismo e perde a partida; entenda
Rio de Janeiro e tênis... Queremos mais o quê? Obviamente, seria bem interessante termos um brasileiro campeão do Rio Open, a única coisa que nos impediu foi o atual número 4do mundo, Dominic Thiem.
Na noite de quarta-feira (19), tivemos partida válida pelo Rio Open, campeonato do circuito da ATP que rende ao campeão 500 pontos no ranking geral, que é exatamente o que o austríaco precisa para subir e tirar da 3ª colocação o suíço, Roger Federer.
A partida teve dois personagens interessantes de se observar. De um lado, o já conhecido Thiem, do outro, ainda não muito conhecido para alguns, Felipe Meligeni, que teve a missão de parar ou tentar, ainda na primeira rodada do campeonato, Dominic, que é favorito ao título no saibro brasileiro.
Thiem já foi campeão do Rio Open em 2017 e parece ter gostado do solo carioca, pois resolveu voltar. Viu uma grande oportunidade de conquistar mais pontos e se qualificar ainda mais no ranking, além de matar saudade do país que ele diz amar. Provavelmente a torcida estaria de seu lado logo na primeira rodada, se o seu adversário não fosse brasileiro, pois bem, tivemos o sorteio das chaves e lá estava seu adversário, um brasileiro, sobrinho de um ex-tenista muito querido pelo nativo, e atual 341 no Ranking da ATP, dessa maneira, logicamente a torcida penderia ao Felipe.
1º set
Até o 5° game do set, ambos os jogadores dominavam os seus games de saque, sem dar oportunidades para a defesa do adversário. Se enganou quem pensou que Meligeni teria o saque quebrado logo de cara: corajoso, lutou e foi agressivo para cima de Thiem, surpreendendo aqueles que pensaram o contrário. Quando o saque não saía como esperado, se impunha e trabalhava os pontos. Foi assim durante toda a partida.
O garoto de apenas, 21 anos teve seu saque quebrado em um game onde não marcou nenhum ponto, é bem verdade, mas, se perguntassem a Thiem se foi fácil, provavelmente diria que não.
Após a quebra, Felipe pareceu ter se abalado um pouco e cometeu mais erros não forçados, cedendo pontos preciosos ao seu adversário, resultando assim em um 6-2 para Thiem, mesmo após o brasileiro ter salvo um set point.
2º set
O set iniciou-se com a confirmação de serviço por parte de Thiem, entretanto, ele pediu atendimento medico logo após o feito, pois sentiu algum incômodo no joelho esquerdo. Mesmo assim continuou a partida.
Voltou inseguro e estranho, cometendo assim três erros seguidos e deixando fácil a confirmação de saque por parte do brasileiro.
Em alguns momentos, o nervosismo batia e Felipe acabava cometendo mais erros, deixando assim mais um game de saque tranquilo para o 4º do ranking. A ansiedade por estar naquele momento persistia e errou novamente, porém, salvou dois break points e no game seguinte fez o europeu trabalhar bastante. Contudo, dessa vez o brasileiro foi superior e conquistou a quebra, por conta de sua coragem ao bater de frente com seu adversário.
Uma outra verdade é que o atual vice-campeão do Australian Open tentava coisas diferentes do seu estilo de jogo. Parecia sentir o joelho e não queria trocas longas. Felipe, que não tinha nada a ver com isso, continuou fazendo seu trabalho, sacando bem e trabalhando seus pontos para fechar em um 4-6 e forçar o austríaco a jogar mais um set.
3º set
Esse foi o set em que provavelmente a ansiedade de vencer alguém tão grande bateu em nosso Felipe, algo que pioraria após seu adversário quebrar seu saque logo de cara.
Foi o set mais curto da partida.
A verdade é que experiência conta bastante nessas horas para manter o foco na partida e exigir isso de alguém que mal começou sua carreira é algo cruel. O que ninguém pode negar é que Meligeni não teve medo de jogar um bom tênis contra Thiem e mostrou do que era capaz: foi guerreiro e por consequência tirou um set do austríaco.
Considerações finais
Certamente, Felipe volta para casa de cabeça erguida e com uma nova experiência que poucos têm no inicio de sua carreira. Resta a ele aprender com a mesma e nos trazer novos frutos. Se engana quem vê o resultado e pensa que Thiem não suou a camisa e que nosso tênis não é páreo e tão bom quanto o que vemos nos melhores campeonatos. Tudo é trabalho e, se assim continuarmos, pode ter certeza que o futuro é promissor.
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