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Análise: Bávaros dominam facilmente o meio-campo e PSG sofre com falta de ímpeto ofensivo

  • Com vitória sobre o o time francês por 1 a 0, Bayern levantou o caneco da Champions pela sexta vez

  • "Quem esperava uma final espetacular, viu uma final mais contida"


Por Felipe Wolp Lunardelli — Lisboa, Portugal


Thiago Alcântara celebrando gol de Coman — Foto: David Ramos / Getty Images

A final da Champions, obviamente, por si só já gerava muita expectativa, afinal era um embate entre duas das maiores potências do futebol mundial. Entretanto, muitas outras coisas aconteciam ao redor da partida. As especulações de quem deveria receber o prêmio de melhor jogador da temporada era o principal assunto. E em campo estavam dois dos principais concorrentes, Lewandowski e Neymar.


Talvez pela grande expectativa gerada em cima de ambos, os dois atacantes fizeram uma final discreta e, mais uma vez, o herói foi alguém improvável.


O Paris Saint-Germain entrou em campo com os mesmos onze que jogaram a semifinal contra o RB Leipzig, com a exceção do goleiro Navas, que se recuperou de lesão. Já o Bayern, veio com Coman na ponta esquerda, substituindo Perisic.


A substituição de Hans Flick impossibilitou que Kehrer apoiasse o ataque e fez com que o lateral ficasse mais preso na marcação. O que de fato aconteceu: a equipe francesa soube se defender e parou bastante das subidas dos alemães. Se muitos achavam que o problema da partida para o PSG seria o setor defensivo, os parisienses provaram o contrário. O maior problema estava no ataque.


A equipe francesa se prendeu muito em jogar como o Lyon jogou seus quinze primeiros minutos diante do Bayern: buscando lançamentos em profundidade. Mas a equipe de Munique parece ter entendido seus erros na partida da semifinal e não ofereceu tantas possibilidades.


A verdade é que as linhas do PSG estavam muito distantes. Meio-campo e ataque não se conversavam e dessa maneira os meias bávaros tomaram conta da partida. As únicas vezes em que o Paris chegou ao gol foram quando Neymar, Mbappé ou Di María vinham buscar a bola na meiuca e avançavam. E quando isso aconteceu, as chances paravam no excelente Manuel Neuer.


Na volta do intervalo nenhuma substituição foi feita, mas o treinador do Munique percebeu que seria melhor jogar pelo lado direito com seu ponta inverso entrando na diagonal e foi justamente assim que o Bayern abriu o placar.


O PSG sentiu o baque e estava apático. Precisando buscar o gol, Thomas Tuchel optou por colocar em campo os meias Verratti e Draxler no lugar de Paredes e Ander Herrera. As substituições pouco fizeram efeito, e a equipe parisiense continuou espaçada e sem criação. O treinador alemão, ainda sacou Di María e mandou a campo Choupo-Moting, que já nos minutos finais perdeu uma boa chance de empatar a partida.


Neymar fez partida bem discreta, assim como seus companheiros de ataque. Não podemos negar o inegável, foi de fato uma partida abaixo do brasileiro. Mas também não podemos atribuir toda a culpa da falta de criatividade dos franceses a Neymar, afinal, como dito anteriormente, havia um espaçamento muito grande entre o meio de campo e o ataque da equipe e pouco foi feito para reverter isso.


Neymar, durante final da Liga dos Campeões — Foto: Julian Finney / UEFA

De qualquer maneira, para quem esperava uma final espetacular, viu uma final mais contida, principalmente no segundo tempo. Mas nada tira a bela campanha de ambas as equipes e muito menos o título mais do que merecido aos alemães.

Resta ao PSG repensar sua estratégia de mercado - ficou nítida a diferença de elenco entre as equipes. É a chance de os sheiks repensarem em gastar quantias multimilionárias em algumas poucas contratações e aproveitar melhor os valores investidos. Já aos alemães, resta a tradicional comemoração com cerveja e com a orelhuda.

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