Rapinoe e Lavelle marcam e garantem vitória estado-unidense
Os EUA jogaram bem avançados e bateram de frente com a defesa holandesa muito bem armada e treinada. Mas uma hora o copo transborda e a seleção conseguiu fazê-lo logo no início da segunda etapa.
Foi uma primeira etapa com poucas chances, mas, talvez pelas circunstâncias dadas, muito divertida e, é claro, emocionante. Os EUA haviam marcado antes dos primeiros 15 minutos em todas as partidas disputadas até então e novamente começaram pressionando. A Holanda se aproveitava dos raros e poucos espaços deixados pelas americanas através dos contra-ataques e também não conseguiram assustar. Entretanto, a partir dos 27', o jogo mudou de cara: chute da entrada d'área de Ertz depois de bola desviada em escanteio e a goleira europeia queimou a mão pra defender a bomba. O’Hara quase pegou o rebote, mas a zaga afastou. Daí em diante, só deu EUA. Aos 37', cabeçada de Mewis e defesa à queima roupa de van Veenedaal. A bola foi afastada, mas voltou pros EUA que quase marcaram de novo com Morgan, dentro da pequena área. A bola foi fraca e rasteira e a goleira holandesa defendeu novamente. Apesar dessa pressão nos instantes finais, tivemos um intervalo com o placar ainda zerado.
Bom... O que falar da segunda etapa? Lavada, atropelamento...? Nada disso. As americanas vieram pra cima e dominaram o meio, é verdade, mas temos que analisar as propostas táticas de cada seleção antes de julgarmos. Os EUA, favoritos, não sofriam lá atrás, enquanto a seleção europeia dava campo e se fechava (muito bem, por sinal) na defesa. Jogavam por "uma bola", como é bastante dito. E infelizmente pra seleção da Holanda, essa uma bola não veio nos últimos 45 minutos e as estado-unidenses vieram com tudo pra cima, apesar de terem dificuldades para furar o bloqueio neerlandês... mas marcaram! Aos 16', o VAR encontrou pênalti não visto pela arbitragem em Alex Morgan. Depois de checar no monitor, a juíza assinalou a marca de penalidade máxima. Com muita calma e categoria, Rapinoe abriu o placar. Ainda pressionando, encontraram o segundo e último gol da partida, com Lavelle, aos 25': em boa jogada, tirou da marcação e meteu uma "paulada" no cantinho da goleira van Veenendaal. Agora não dava pra ela. Os EUA, então, se acomodaram aparentemente com a vantagem, enquanto a Holanda, abatida, tentava vir pra cima. Teve apenas uma chance, com Spitse, em cobrança de falta rente à trave. Embora a vantagem confortável e jogo "na mão", os EUA ainda vinham pra cima e perderam inúmeras chances de marcar o terceiro gol. Chances estas que pouca falta fariam: os EUA venceram por 2 a 0 e conquistaram, pela quarta vez, o título da Copa do Mundo Feminina.
Atualização: Rapinoe foi de fato eleita a melhor jogadora do torneio.
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