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"Faltou ao Atlético vontade de vencer e agredir o Boca"

Por Gabriel Lins — Buenos Aires, Argentina

14/07/2021 08h48

Meia Diego Gonzáles afasta cruzamento atleticano rumo à área do Boca Juniors durante partida das oitavas — Foto: Marcelo Endelli / Pool / AFP

Boca Juniors e Atlético-MG se enfrentaram nesta quarta-feira, pelo confronto de ida das oitavas de final da Libertadores, na Bombonera, e não saíram do 0 a 0. Foi um jogo tecnicamente fraco, no qual as equipes poucas vezes agrediram ou chegaram com perigo.

Mas o que faltou para as equipes mudarem a história da partida?

Falta de repertório do Boca

Extremamente reformulado devido à chegada de uma nova temporada no futebol argentino, o Boca Juniors se mostrou uma equipe ainda em entrosamento e com poucas alternativas de jogo, se limitando exclusivamente a chegar com perigo na bola aérea ou através de cruzamentos forçados na área atleticana. A equipe xeneize até finalizou mais que o galo e, inclusive, chegou a balançar as redes do goleiro Éverson usando essa jogada, mas teve o gol anulado pelo árbitro após a revisão do VAR, o que gerou muita polêmica.

Compactação defensiva dos argentinos

O Atlético-MG é muito forte jogando com espaços, e o Boca evitou ao máximo que o time de Cuca usufruísse disso. Com uma formação extremamente compactada no seu 4-1-4-1, os argentinos deixaram poucos espaços para o Galo nas laterais, neutralizando a cabeça pensante do time brasileiro, Nacho Fernández, deixando-o apenas com a possibilidade de jogar em espaço curto, que tem sido uma das grandes dificuldades do time comandado pelo Cuca na temporada. Resultado: o Atlético não conseguiu repetir as boas atuações demonstradas no Campeonato Brasileiro.

Nacho Fernández disputa posse da bola com Cristian Medina — Foto: Marcelo Endelli / Pool / AFP


Falta de agressividade do Galo

A sensação que o telespectador da partida teve foi que o Atlético poderia ter vencido na Bombonera se a equipe não tivesse desistido de jogar tão cedo para 'cozinhar o jogo' e administrar o empate. Isso porque, principalmente ao longo da segunda etapa, a partir do momento que o Boca se lançou ao ataque, alguns espaços deixados pelos argentinos poderiam ser aproveitados pelos atleticanos, que possuem a velocidade em seu favor, mas em muitas vezes haviam poucos jogadores para participar das transições ofensivas ou chegar no campo de ataque, o que sempre fazia o Galo voltar a bola ao campo de defesa.

Além disso, também o fato de que não conseguiam acelerar a troca de passes ou envolver a marcação adversária, fazendo a bola chegar pouco ao quarteto ofensivo de Hulk, Zaracho, Nacho Fernández e Savarino.

Faltou ao Atlético vontade de vencer e agredir o Boca: se mostrava ser uma equipe bem mais qualificada e com mais alternativas de jogadas, apesar das naturais dificuldades em Buenos Aires.
 

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